sábado, 21 de dezembro de 2013

O time do Papa

Se, de fato, o sumo pontífice tem alguma influência ou algum tipo de poder divino de interferir em nosso cotidiano, isso eu não sei e nem cabe a mim e nem a ninguém julgar, pelo menos não aqui. Mas que é muita coincidência que o primeiro Papa que se assume abertamente um admirador e torcedor do futebol, que ele veja seu time campeão nacional pouco depois de assumir o mais alto posto da Igreja Católica, isso é!

O campeonato argentino, para quem está acostumado com o Brasileirão, ou com os principais campeonatos nacionais da Europa, tem um formato bastante diferenciado. O campeonato é dividido em dois torneios: Inicial – disputado entre Agosto e Dezembro – e o Final, disputado de Fevereiro a Junho. Ambos os campeões são considerados os campeões argentinos. Portanto, na Argentina se tem duas chances por ano de ser campeão nacional. A partir de 2012/2013 a Associassón de Fútbol de Argentina decidiu criar um duelo entre os campeões do Inicial e do Final, mas ainda não decidiu qual será o título dedicado ao campeão de tal torneio, nem qual a definição de quem será o efetivo campeão argentino.

O Clube Atlético San Lorenzo de Almagro é um dos times mais tradicionais da vizinha Argentina. Segundo pesquisas, é o terceiro clube de maior torcida do país, atrás apenas dos tradicionais Boca Juniors e River Plate, superando arquirrivais como o Independiente de Avellaneda e o Racing Club. É detentor de 15 títulos nacionais, se contados todos e modelos e formatações que o Campeonato Argentino já teve. Além disso, no início dos anos 2000 foi o último campeão da extinta Copa Mercosul, e foi o primeiro campeão da então criada Copa Sul-Americana.
Curiosamente ou não, ao tornar-se Papa, Jorge Bergoglio tornou-se o mais ilustre torcedor da equipe. Um clube que foi fundado em 1908 por jovens argentinos, influenciados justamente por um padre: o salesiano Lorenzo Massa.

Já passaram pelos Cuervos grandes nomes da história do futebol argentino e sul-americano, como Oscar Ruggeri, Roberto Ayala, Rodolfo Fischer, Néstor Gorosito, José Sanfilippo (maior artilheiro da história do clube), o uruguaio Paolo Montero, além do lendário goleiro paraguaio Luis Chilavert. Mais recentemente, também passaram pelo Nuevo Gasómetro – estádio do clube – nomes conhecidos do torcedor brasileiro e mundial, como Andrés D'Alessandro, Walter Motillo, Morel Rodríguez, “El Loco” Abreu, Ezequiel Lavezzi, dentre muitos outros.

Apesar de toda a história de glórias e conquistas, de heróis consagrados, as últimas temporadas do San Lorenzo vinham sendo decepcionantes. O último titulo tinha sido no Torneio Clausura de 2007 – antigo nome do Torneio Final.

Mas, na atual temporada, a equipe comandada pelo espanhol Juan Antonio Pizzi conseguiu uma boa temporada, com 9 vitórias, 6 empates e apenas 4 derrotas (uma única derrota em casa), além de ter marcado 29 gols e sofrido 17. Com isso, sagrou-se campeão 2 pontos à frente de Lanús e Vélez Sarsfield. Este último, inclusive, foi o adversário do time de Almagro no jogo do título. Um empate por 0x0, em território rival.

O elenco que deu ao “time do Papa” o 15º título de sua história é bastante mesclado, com jogadores experientes atuando lado a lado com boas promessas do futebol portenho, e marcado pela presença de apenas um jogador não argentino. O atacante uruguaio Martin Cauteruccio, justamente um dos principais destaques do time – jogador com melhor média de gols por minuto da competição. Outro grande responsável  pelo triunfo é o veterano armador Leandro Romagnoli, camisa 10 da equipe grande cérebro da equipe. Junto dele atua na armação da equipe Ignacio Piatti, artilheiro da equipe na temporada com 8 gols. Na defesa, o destaque fica pelo jovem lateral-esquerdo Walter Kannemann, de apenas 22 anos, prata da casa no San Lorenzo e titular absoluto do time; o experiente goleiro Sebastian Torrico;  e o também experiente zagueiro Mauro Cetto.

Coincidência ou não, apenas 9 meses desde o início do papado de Francisco, seu clube do coração conquista o título argentino. É possível que o cardeal Jorge Bergoglio tenha – ao tornar-se Papa – adquirido algum poder de incidir sobre os resultados do esporte mais amado de seu país natal.

Mas o título do San Lorenzo é muito mais mérito de uma equipe muito bem equilibrada, muito bem comandada e levando a sério os ideais originais do clube: dedicação, e um time sempre lutador e aguerrido.

Mas, claro, uma ajuda divina é sempre bem vinda!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Previsão para a Champions League

Enfim chegamos ao "mata-mata"! A Champions League - maior competição de clubes do mundo - conheceu no último meio de semana os 16 classificados às Oitavas de Final, que começam só na segunda metade de Fevereiro do 2014. Contudo, hoje mais cedo tivemos o sorteio que definiu como ficaram os duelos desta próxima fase da competição.
Talvez os dois principais favoritos da competição - Barcelona e Bayern Munique -  foram quem tiveram maior azar no sorteio, uma vez que conseguiram escapar de um temido duelo contra o gigante Milan, mas não conseguiram fugir de duas perigosas equipes inglesas: O Manchester City e o Arsenal, respectivamente.

Mas vamos analisar individualmente aos duelos:

Manchester City (ING) x Barcelona (ESP)
É um confronto onde, apesar de certa vantagem do Barcelona, poderemos ter surpresa.
O Manchester City já deu provas nesta temporada de que possui um ataque formidavelmente letal, independentemente de adversários. Na Premier League, por exemplo, foram 47 gols marcados, em apenas 16 partidas, média praticamente de 3 gols por partida. Só a título de comparação, o  Arsenal - líder do Campeonato Inglês - tem 33 gols marcados nos mesmos 16 jogos (média pouco superior a 2 gols por jogo).
Portanto, o time catalão, com seu poderoso meio-campo e ataque, precisa de muito cuidado, justamente no setor do campo que inspira menos confiança, que é sua defesa, que ainda carece de companhia para Piqué, e um substituto à altura de Victor Valdés, que se despede de Camp Nou no fim do ano.
Barcelona deve passar, mas não sem muitas dificuldades!

Olympiacos (GRE) x Manchester United (ING)
Mesmo em fase muito irregular, o milionário Manchester United  é  favorito contra o tradicional time grego. Mas precisará de muito cuidado
O clube inglês vive um momento de crise pós saída de Alex Fergusson, com derrotas inexplicáveis e um elenco bastante contestado, que ocupa apenas a 8ª colocação da Premier League. Apesar disso, confirmou o favoritismo na fase de grupos da Champions League, e classificou-se na primeira colocação.
Já o Olympiacos conquistou uma classificação sofrida, inclusive empatando em pontos com o Benfica, de Portugal, e ficando em segundo lugar na chave do forte PSG. Se credencia a enfrentar o tradicional clube inglês, vindo de uma inacreditável campanha no Campeonato Grego - 14 vitórias e 1 empate, em 15 jogos; 45 gols marcados e apenas 4 sofridos - e pode oferecer dificuldades aos Red Devils.

Milan (ITA) x Atlético de Madri (ESP)
Único clube italiano classificado à próxima fase da Champions League, o tradicional clube de Milão terá pela frente, dos considerados "não-favoritos" o time mais temível dentre os classificados.
O Milan vive, tal como o Manchester United, uma fase muito ruim, mesclando bons jogos, com atuações a serem esquecidas. Tem um elenco de figurões que já não rendem, e jovens que não conseguem carregar o time sozinho. Ocupa a mísera 12ª colocação no Campeonato Italiano, com apenas 4 vitórias em 15 partidas disputadas. Conquistou a classificação às Oitavas de Finais da Champions League apenas na última rodada, com um sofrido empate em 0x0 com os holandeses do Ajax. Mesmo com toda sua história de glórias e títulos, deverá ficar de fora.
Já o Atlético de Madri vive talvez o momento mais glorioso de sua história. Após os título da UEFA Europa League (2009/2010 e 2011/2012), da Supercopa da UEFA (2010/2011 e 2012/2013) e da Copa do Rei da Espanha (2012/2013), o time colchonero agora lidera o Campeonato Espanhol, empatado em pontos com o Barcelona, e tem um elenco muito equilibrado. Conquistou com facilidade a classificação na fase de grupos, empatando apenas 1 (contra o Zenit, em São Petesburgo) e vencendo todos os outros cinco jogos, contra Porto, Zenit e Áustra Wien.
Serão confrontos muito acirrados, mas o momento incrível do Atlético de Madri deverá se sobrepor à história de títulos do Milan.

Bayer Leverkusen (ALE) x Paris Saint-Germain (FRA)
Mais um duelo de favoritismo evidente. Por mais que a equipe alemã tenha um elenco competitivo, e venha se reerguendo após algumas temporadas em baixa, o milionário PSG é franco favorito.
Com uma campanha muito irregular, o Bayern Leverkusen conquistou a classificação e o segundo lugar no grupo A, apenas na última rodada, com uma vitória por 1x0 contra o fraco Real Sociedad, da Espanha, mas deixando para trás o sempre perigoso Shaktar Donetsk, da Ucrânia. Na Bundesliga, é vice líder, 7 pontos atrás do homônimo de Munique, mas 5 pontos à frente dos aurinegros do Borussia Dortmund.
Já o – agora milionário PSG – encontra como adversários na briga pelo título do Francês, recém elevado à mesma categoria dos endinheirados, o Mônaco, e o menos pretensioso Lille. O elenco fortíssimo é forte candidato ao título da Champions League, ainda que sueco Ibrahimovic e o uruguaio Cavani ainda busquem o melhor entrosamento no ataque parisiense. Classificou-se com facilidade na Champions League, num grupo que ainda tinha Olympiacos, Benfica, e o fraco Anderlecht, da Bélgica.
Sem muito esforço, PSG deve garantir o avanço às Quartas de Finais.

Galatasary (TUR) x Chelsea (ING)

Jogar bem em casa e fazer um bom resultado: esta é a receita para o Galatasaray se quiser algum papel melhor que o de coadjuvante neste duelo. O time de Drogba, Sneijder e Cia., mesmo tendo eliminado na fase de grupos a sempre forte Juventus, da Itália, não tem elenco e nem força para derrubar os ingleses. Drogba e Sneijder, estrelas do time, ainda não assumiram o protagonismo que lhes cabe, mesmo na segundo temporada que já disputam na Turquia. No Campeonato Turco, o Galatasaray é apenas o terceiro colocado, já a 11 pontos de distância do líder Fenerbahce.
Já o Chelsea precisa apenas confirmar o favoritismo, e derrotar o clube onde agora joga o maior ídolo de sua história recente. Em fase de recuperação no Campeonato Inglês, onde já ocupa a vice liderança – empatado em pontos com o Liverpool - a equipe londrina teve poucas dificuldades para conquistar a classificação na Champions League, no grupo que ainda tinha o alemão Schalke 04, o suíço Basel, e o romeno Steaua Bucaresti. José Mourinho ainda precisa encontrar o melhor encaixe para todas as peças do bom elenco que tem em suas mãos, mas está no caminho certo.
O Galatasaray tem muito poucas chances de passar. Chelsea deve classificar sem maiores dificuldades.

Schalke 04 (ALE) x Real Madrid (ESP)

O time do Schalke, apesar de muito voluntarioso, não deve chegar mais longe do que já chegou. Não só porque enfrentará um adversário favoritíssimo ao título, mas também porque seu elenco não é dos mais confiáveis. Ocupando apenas a sexta colocação no Campeonato Alemão, o time depende muito da inspiração do jovem Julien Draxler, considerado por muitos a maior promessa do futebol europeu na atualidade. É muito pouco para um time que teve recentemente em seu elenco, nomes como o espanhol Raúl, e que revelou, também recentemente, o goleiro Neuer – considerado o melhor do mundo na atualidade. A classificação na Champions League veio com a segunda colocação no grupo E, que foi liderado pelo Chelsea.
Por outro lado, o Real Madrid, apesar da fase muito oscilante no Campeonato Espanhol, faz uma temporada de Champions League praticamente irretocável. Deixou de vencer apenas uma partida: contra a Juventus, em Turim. Mas, fora isso, foram resultados muito expressivos, como o 6x1 contra o Galatasaray, jogando na Turquia. Além disso, a fase vivida por Cristiano Ronaldo é assombrosa. O luso não para de marcar gols! No Campeonato Espanhol foram 17 gols em 15 jogos disputados (empatado na artilharia com o hispano-brasileiro Diego Costa). Na Champions League foram 9 em 6 jogos. Nesta competição a equipe estabeleceu um novo recorde de gols marcados nos seis primeiros jogos (fase de grupos): os merengues foram às redes 20 vezes. E com o aprimoramento da parceria com o galês Gareth Bale, a tendência é que essa média só aumente.
Mesmo confiando no talento de Draxler, é inevitável apontar para uma classificação sem dificuldades da equipe madrilenha.

Zenit (RUS) x Borussia Dortmund (ALE)

Neste duelo, mais uma vez temos um favorito: o atual vice campeão alemão e da Champions League, Borussia Dortmund.
O time do Zenit, de São Petesburgo não deve oferecer perigo ao time de Dortmund. Conquistou a classificação num grupo fraco, sofrendo para eliminar o Porto, do afundado futebol português, e o desconhecido Áustria Viena. Conseguiu apenas uma vitória em seis jogos, além de três empates e duas derrotas. Chega a ser um crime pensar que o Zenit ficou com a classificação, enquanto no grupe do Borussia Dortmund, a equipe que ficou em terceiro lugar, o temível Napoli, conquistou 12 pontos num grupo muito mais difícil do que o dos russos. Ainda que o time lidere o fraco Campeonato Russo, nem mesmo um super-herói, como brasileiro Hulk – um dos destaques do time - salvará os russos da eliminação na Champions League.
O Borussia conseguiu manter a forte base do elenco da temporada passada, e deve garantir o favoritismo contra o Zenit. Na fase de grupos da Champions League, os alemães tiveram muita dificuldade, uma vez que caíram no grupo mais forte da competição, contra os ingleses do Arsenal, os italianos do Napoli e os franceses do Olympique de Marseille. Borussia, Arsenal e Napoli terminaram a primeira fase com os mesmo 12 pontos (o Olympique não conquistou nenhum). Os alemães e os ingleses ficaram com a vaga nos critérios de desempate. Apesar da temporada nem tão boa na Bundesliga, onde ocupa apenas a terceira posição, 12 pontos atrás do líder Bayern de Munique, o Borussia é sempre uma equipe muito forte e competitiva, sobretudo jogando diante de sua apaixonada torcida. Resta saber como a equipe conseguirá se arrumar com a iminente saída de duas de suas principais peças do elenco: o jovem alemão Marco Reus, e o artilheiro polonês Robert Lewandowski.
Borussia classifica com facilidade e deve massacrar.

Arsenal (ING) x Bayern Munique (ALE)

Azar do Arsenal pegar (novamente) nas Oitavas de Finais, o poderoso e multicampeão Bayern de Munique.
O clube londrino, líder do campeonato inglês, fez uma fase de grupos na Champions League muito boa, mas perdeu a primeira posição no grupo e a perspectiva de duelos mais fáceis na fase seguinte, no último jogo, quando foi à Nápoles enfrentar o Napoli, e acabou perdendo por 2x0, mesmo com a equipe italiana eliminada. O Arsenal é uma das grandes promessas da temporada. Vive um ano de recuperação após temporadas muito oscilantes. Contudo, ter que duelar tão cedo contra o atual campeão da competição certamente não estava nos planos de Arsène Wenger e seus comandados. Não significa a eliminação, mas significa que o caminho inglês será difícil desde o começo.
Já o Bayern Munique dispense apresentações, campeão de tudo que disputou na última temporada, mantém a excelente fase, apesar da troca de treinador. Acendeu-se um pequeno sinal de alerta ao perder a final da Supercopa da Alemanha para o rival Borussia Dortmund, logo no começo desta temporada. Mas a larga vantagem na liderança na Bundesliga (7 pontos de dianteira, adquiridos em apenas 16 jogos), e o bom início de Champions League (5 vitórias e um tropeço inesperado para o Manchester City, em plena Allianz Arena, quando venciam por 2x0 e levaram a virada dos Citzens) o credenciam como favorito, não só neste duelo, mas também para faturar o bicampeonato europeu.
A vitória do Arsenal seria uma grata surpresa. Mas, não é o mais provável. Bayern deve classificar-se.

Há muito tempo ainda entre o sorteio e os primeiros jogos, então muita coisa ainda pode acontecer. Mas só surpresas ou desastres muito grandes poderão ir contra os favoritismos já estabelecidos a partir da definição dos confrontos.

É aguardar e torcer!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A vergonha de quem está acostumado a virar a mesa

O que tem acontecido nos dias que se seguem ao fim da Campeonato Brasileiro é uma sequência de tentativas desesperadas de clubes considerados grandes, objetivando fugir do rebaixamento através de ações extra campo, movidas por vias judiciais, já que dentro de campo tais equipes foram tão ou mais medíocres e ridículas, quanto tem sido fora dele.

Fluminense e Vasco tentam arrumar brechas no regulamente para escapar de um descenço que é motivado por inúmeros outros motivos, que variam muito longe dos alegados nos recursos que movem junto ao STJD.

Convenhamos: o Vasco não foi rebaixado porque o jogo contra o Atlético-PR ficou parado (graças à briga de seus próprios torcedores) 16 minutos a mais do que a uma hora prevista como passível pelo regulamento. Uma mesquinharia que beira o desumano, visto que o jogo ficou paralisado tanto tempo tendo em vista a grave situação de alguns torcedores depois da batalha promovida entre os próprios.
O rebaixamento da equipe de São Januário é causado pela vergonha que é a administração financeira do clube. Jogadores sem salário não rendem. A derrota na última partida - em cujo resultado nada interferiu a paralisação -  foi só mais uma da temporada tenebrosa vivida pelo clube.

Convenhamos II: tudo bem que o regulamento é claro, e que o meia Héverton não deveria ter entrado em campo na última rodada, contra o Grêmio, mas que diferença isso faz nos reveses incansáveis do tricolor carioca no campeonato, ou mesmo na vitória sobre o Bahia, na última temporada? Que diferença Héverton fez no jogo contra o Grêmio, que possa ter influenciado no desempenho do Fluminense na temporada - tão vexante quanto a do rival Vasco?
Nem quero mencionar aqui a discutível imparcialidade dos julgamentos promovidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, sempre desfavorecendo atletas de clubes de "menor expressão".

A Portuguesa tem que ser punida? Sim.
Rebaixada? Talvez!
E o Fluminense salvo? De forma nenhuma!

Se a Portuguesa tem que sofrer punição, que sejam 5 os rebaixados, e consequentemente 5 os promovidos da Série B para a Série A em 2014! Que se rebaixe Fluminense, Portuguesa, Vasco, Ponte Preta e Náutico, enquanto suba, além dos já classificados Palmeiras, Chapecoense, Sport e Figueirense, o quinto colocado na Segundona 2013, no caso o Icasa.

Pela vergonha das temporadas que fizeram, Vasco e Fluminense deveriam jogar a Série B de 2014, com a humilhação de estar na Segundona, mas com a certeza de estar, por caminhos limpos, onde fizeram por merecer. Muito melhor do que estar na primeira divisão, mesmo sabendo do campeonato ridículo que fizeram em 2013.

Só o que não precisamos é de mais um caso em que "clubes pequenos" sejam desfavorecidos, não para pagar por seus erros, mas para beneficiar "clubes grandes". Não precisamos de mais um caso de "virada de mesa" envolvendo os grandes do Brasil, como já aconteceram, envolvendo - inclusive - o próprio Fluminense.

Nosso futebol já tem motivos pra se envergonhar, muito mais do que mais uma jogada política de influências e de poderes.

Só um último comentário, inútil, mas sincero: com a experiência de torcedor que viu seu time passar por isso mais de uma vez, jogar a Série B é triste, humilhante, vergonhoso, decepcionante, mas como todas as vivências nos "níveis inferiores", é um acontecimento enriquecedor - se não financeiramente (que é para onde todos olham), pelos menos são experiências muito importantes que podem ser adquiridas.

Fanatismo ridículo: uma sociedade sem limites.

É revoltante, vexante, vergonhoso, desmoralizante e extremamente decepcionante ver cenas como as ocorridas durante o jogo entre Atlético-PR e Vasco, na última rodada do Campeonato Brasileiro.
Briga sem explicação, violência inútil, sem sentido, iniciada não se sabe por que(m) e com que motivo.

Pra começar, os dois times disputavam coisas completamente distintas na competição: Atlético precisava de um empate para garantir a vaga na Libertadores, enquanto Vasco precisava da vitória para fugir do rebaixamento. O resultado final da partida, 5x1 para o clube paranaense, foi o menos relevante.

Todos sabem o que foi que aconteceu: o jogo ficou parado enquanto torcedores de ambos os lados protagonizavam cenas brutais e desumanas de luta-livre, enquanto a segurança do interior do estádio se omitia, e a polícia militar, que estava no lado de fora, teve dificuldades em entrar nas arquibancadas do estádio em Joinville e interceder para que a batalha campal tivesse fim.

Não bastasse isso, o caso é seguido por nova disputa, agora burocrática entre Ministério Público e Polícia Militar, um alegando que o outro interferira para que a PM não entrasse no estádio, como é praxe na maioria das partidas de futebol no Brasil.

Agora convenhamos? De que importa saber de quem é a culpa por a polícia não estar dentro do estádio? Selvagens que se dizem torcedores, como aqueles que estavam no duelo em Joinville, quando estão dispostos a brigar, não medem esforços, e ultrapassam a barreira que for, seja de Polícia Militar, seja de segurança particular.
O que queremos é a identificação de todos os envolvidos e as respectivas punições, com o banimento - não temporário, mas permanente - de sua presença em eventos esportivos. Se essa fosse a medida padrão, teríamos menos pessoas envolvidas na briga, visto que alguns dos participantes - vascaínos, no caso - já estiveram envolvidos em brigas este ano mesmo, no jogo contra o Corinthians, em Brasília.

Discutir de quem é a culpa da ausência da PM dentro do estádio, além de inútil, só acoberta as ações de violência e vandalismo. Se as torcidas realmente fossem organizadas e civilizadas, não seria necessária a presença de qualquer tipo de segurança, uma vez que - assim espero - o objetivo de ir a um estádio de futebol ainda é torcer por seu time, pela vitória do clube que o representa, não para torcer pela desgraça do adversário, nem deixar que o duelo extrapole o limite das quatro linhas.

Esse fanatismo idiota e sem controle vai acabar por terminar com as torcidas nos estádios brasileiros. É uma situação extrema, mas é para onde trilham os rumos das torcidas organizadas que tomam conta das arquibancadas dos nossos estádios.

Esse fanatismo repugnante nos faz repensar vários conceitos e idéias pressupostos, não só para o futebol, mas para a sociedade como um todo.

Uma sociedade sem limites.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Os grupos em detalhes.

A grande maioria já deve saber como foi o sorteio e como ficaram os grupos da Copa do Mundo de 2014. 
Algumas seleções deram sorte. 
Algumas deram muito azar. 
Mas, de modo geral, o sorteio fez com que se formassem grupos muito nivelados.

Faremos aqui uma breve análise da cada grupo, levando em consideração o potencial de cada seleção.

No grupo A, o Brasil tem plenas condições (e a obrigação) de vencer as três partidas e classificar-se com certa tranquilidade. Camarões, Croácia e México tem chances semelhantes. A Croácia pela juventude e consciência tática de sua equipe. Camarões pela força e velocidade, sempre muito características das selecões africanas. E o México, que leva vantagem por ser mais qualificado tecnicamente, mas vive uma fase muito instável.

No grupo B, as finalistas do último mundial - Espanha e Holanda - são favoritas, embora tenham a forte concorrência da jovem e muito qualificada seleção chilena. Se levarmosem consideração a boa fase dos holandeses, poderíamos ter a primeira zebra, com a campeã do mundo ficando fora já na primeira fase. Difícil? É! Mas é sim passível de acontecer, principalmente se levado em conta o futebol maçante e burocrático que vem sido praticado pelos espanhóis. A Austrália pode fazer o papel de algoz se conseguir tirar pontos de algum adversário. Mas não mais do que isso.

O grupo C é um dos mais nivelados. Melhor dentro do grupo, a Colômbia deve confirmar o bom momento, e Falcão García, Jackson Martínez e James Rodríguez poderão mostrar porque muitos consideram esta a melhor geração colombiana de todos os tempos. A Grécia, de Salpingidis e Samaras; a Costa do Marfim de Drogba e dos irmãos Touré; e o Japão de Kagawa e Honda, todos tem pleno potencial de brigar pelo segundo lugar do grupo.

O grupo D: o grupo da morte. Três seleções fortíssimas, campeãs mundiais brigando por apenas duas vagas. É difícil prever algo diferente de: três derrotas para a pobre Costa Rica; Inglaterra, Uruguai e Itália brigando em condições muito iguais. Eu acredito no fator regional, sendo o Uruguai um dos classificados. E se for preciso apontar o segundo classificado, entre ingleses e italianos, veja vantagem para Rooney em relação a Balotelli: os inventores do futebol ficam com a vaga.

Grupo E: mesmo não sendo cabeça de chave, a França deu sorte ao cair num chaveamento relativamente fácil, e deve ficar com o primeiro lugar do Grupo. A força equatoriana e a retranca suíça lutam pela segunda colocação, com levevantagem para os europeus. Honduras, coitado, deve ser o saco de pancadas dos adversários, oferecendo pouca resistência.

No grupo F talvez tenhamos a seleção favorita que deu mais sorte na formação dos grupos. A Argentina caiu num grupo fraco, onde Bósnia e Nigéria lutam pela segunda posição - a se confirmar o favoritismo hermano. O Irã deve ser como Honduras no grupo anterior: o adversário que todos vencerão sem dificuldades. Entre bósnios e nigerianos, a velocidade  e a experiência dos africanos deve pesar, mesmo com a crescente força do futebol da antiga Iugoslávia.

O grupo G foi o ideal para que a Alemanha possa mostrar a que veio, e por em prática todo potencial dessa fantástica geração, que tem grandes nomes desde o goleiro ao último atacante reserva. Os alemães enfrentarão três escolas muito diferentes: Gana, é quem tem menos chances, mesmo com a classificação fantástica com uma goleada histórica sobre a forte seleção egípcia; Estados Unidos, que tem melhorado gradativamente seu futebol, mais ainda sob o comando do alemão Jurgen Klinsman; e Portugal, que depende muito da inspiração do craque Cristiano Ronaldo. Mas com a fase que o gajo vive, os lusos devem garantir com facilidade a segunda vaga.

E por fim, mas não menos importante, o grupo H, considerado por muitos o mais fraco desta Copa, mas que é encabeçado pela fortíssima seleção da Bélgica, que justamente por ter sua vida facilitada pelo sorteio, deve ser classificar em primeiro lugar no grupo sem dificuldades. Argélia? Um coadjuvante sem brilho. Coréia do Sul: pode incomodar, mas carece muito de um grande craque. O forte futebol da Rússia deve ser o maior desafio aos belgas. Os russos vem numa incrível ascenção de seu futebol, e garantido o segundo - ou até o primeiro - lugar do grupo, podem incomodar seleções tradicionais mais adiante.

E assim, as grandes favoritas devem confirmar o favoritismo e chegar com muita força às fases eliminatórias. Certamente também teremos surpresas.

É aguardar os próximos seis meses para que as convicções sejam confirmadas ou postas por terra.

Aguarde também, em breve, uma análise mais detalhada e pontual de cada seleção.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

São estes os melhores do campeonato?

Hoje mais cedo a CBF divulgou a lista dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro em cada posição, segundo sua opinião. E o que temos? Uma seleção bastante criteriosa, mas que prioriza os melhores jogadores dos melhores times, não os verdadeiros melhores do Campeonato.

Os escolhidos da CBF foram:
Goleiro: Fábio (Cruzeiro)
Lat. Direito: Marcos Rocha (Atlético-MG)
Zagueiros: Dedé (Cruzeiro) e Manoel (Atlético-PR)
Lat. Esquerdo: Alex Telles (Grêmio)
Volantes: Nilton (Cruzeiro) e Elias (Flamengo)
Meio-campo: Paulo Baier (Atlético-PR) e Éverton Ribeiro (Cruzeiro)
Atacantes: Éderson (Atlético-PR) e Walter (Goiás)
Técnico: Marcelo Oliveira (Cruzeiro)

Éverton Ribeiro foi eleito ainda o melhor jogador da competição. Enquanto isso, Marcelo, atacante do Atlético-PR foi escolhido como revelação do torneio.

As escolhas, mesmo antes do fim do campeonato, e ainda que contemplem praticamente apenas duas equipes, foram em sua maioria justas e merecidas.

Contudo, vamos aqui trazer algumas outras opções que poderiam constar nesta lista:

Goleiros: é inegável o merecimento do cruzeirense Fábio, até pela grande temporada de sua equipe, mas alguns outros arqueiros precisam também ser destacados, mesmo com o menos brilhante desempenho de seus clubes, como é o caso de Wilson, do Vitória; Vanderlei, do Coritiba; Marcelo Lomba, do Bahia; e Walter, substituto do ídolo Cássio na meta do Corinthians.

Lateral Direito: Marcos Rocha foi o escolhido pela temporada, muito mais do que apenas pelo Campeonato Brasileiro, onde não teve tanto destaque quanto na Taça Libertadores, conquistada pelo Galo Mineiro. Mas também pela ausência de grandes nomes, exceptuando-se talvez o veterano Leonardo Moura, do Flamengo e o já contratado pelo São Paulo, mas jogador da Portuguesa na temporada 2013, Luís Ricardo.

Os zagueiros escolhidos foram realmente os que mais se destacaram na temporada, apesar de alguns momentos muito inconstantes de ambos - Dedé e Manoel - na temporada. Alguns outros nomes que merecem destaque são, por exemplo, o corintiano Gil; Rhodolfo, do Grêmio e Rodrigo, do Goiás.

Na lateral-esquerda, o escolhido Alex Telles, do Grêmio foi realmente o melhor da posição na temporada, e melhor jogador da equipe gaúcha neste Campeonato Brasileiro. Além dele, outros laterias esquerdos que se destacaram foram Júlio César,do Botafogo; William Matheus, do Goiás; Uendel, da Ponte Preta.

Os volantes também foram bem escolhidos. Tanto, que poucos outros nomes poderiam substituir Elias e Nilton na seleção do campeonato. Dentre esses nomes, podemos citar Guilherme, do Corinthians; Luis Cáceres, do Vitória; Souza, do Grêmio e até mesmo Willians, do Internacional.

No meio-campo, mesmo que merecida, a escolha de Paulo Baier pode gerar discordâncias, já que Éverton Ribeiro é a única peça inquestionável deste seleto grupo. Para esta posição, também poderiam estar na lista João Vitor, do Criciúma; Alex, do Coritiba; D'Alessandro, do Internacional; Ricardo Goulart, também do Cruzeiro além do holandês Seedorf, pelo desempenho no começo da temporada.

No ataque, as escolhas feitas pela CBF, mesmo que possam ter sido acertadas, talvez sejam as mais questionáveis, mas pela grande quantidade de atacantes em boa fase que brilharam no Campeonato Brasileiro. Além de Walter e Éderson, fizeram um bom campeonato Hernane, do Flamengo; William, do Cruzeiro; Lins, do Criciúma; Gilberto, da Portuguesa; Aloísio, do São Paulo; Fernandão, do Bahia e Fernandinho, do Atlético-MG.

Marcelo Oliveira foi merecidamente eleito o melhor treinador do torneio, pelo mérito na montagem do super elenco campeão. Cabe destacar também as campanhas de Ney Franco, no Vitória; Enderson Moreira, no Goiás e a volta de Muricy Ramalho ao São Paulo.

Já a escolha de Éverton Ribeiro como o melhor jogador da competição é uma decisão quase que unânime e praticamente inquestionável, pela brilhante atuação do meia Cruzeirense: grande cérebro do grande elenco mineiro, Campeão Brasileiro.

Bem ao contrário da escolha da revelação da competição. Não se pode negar que o atacante Marcelo fez uma boa temporada pelo Furacão de Curitiba, mas outros jogadores poderiam, com mais mérito, receber esta escolha. Por exemplo, o meia Otávio, do Internacional; ou o volante Guilherme, do Corinthians; ou o também volante Lucas Silva, do campeão Cruzeiro; ou ainda o lateral esquerdo Alex Telles, do Grêmio, que, embora não seja da base tricolor, fez sua estréia na elite do futebol brasileiro; ou ainda além, o meia Marlone, do Vasco.

Na minha humilde opinião, poderíamos ter uma seleção do Campeonato Brasileiro ainda mais qualificada se escalada com:
Fábio; Léo Moura, Gil, Manoel e Alex Telles; Souza, Guilherme, Éverton Ribeiro e D'Alessandro; Walter e Hernane.

E você, concorda? Discorda? Monte a sua seleção do Campeonato Brasileiro e comente!

Parabéns ao Flamengo

Fica aqui um breve comentário, parabenizando a equipe do Flamengo pelo título da edição de 2013 da Copa do Brasil.

Um título merecido, na medida em que foi sim o Flamengo a equipe que melhor soube jogar a competição de mata-mata, ou, como diriam, "com o regulamento em baixo braço".

Soube fazer valer o mando de campo, soube se impor jogando em seus domínios, e soube, sempre que preciso, fazer sua torcida lotar o Maracanã e empurrar o time quando este titubeava.

Soube jogar com raça e valentia quando assim o foi exigido, como no jogo de volta contra o Cruzeiro, quando bateu a equipe mineira por 1 x 0 nos últimos minutos de partida, e soube jogar com superioridade técnica e tática, como na final, contra o Atlético -PR, quando a equipe foi superior e conseguiu ter paciência para administrar o duelo e construir o placar.

Mérito, sobretudo, do técnico Jayme de Almeida, que conseguiu botar na linha um time sem cara e totalmente desarranjado, e que agora consegue, ao menos nos jogos eliminatórios, apresentar um bom rendimento tático e técnico, nas devidas proporções da qualidade do elenco.

Mérito também, e não podia deixar de ser ressaltado, do artilheiro Hernane, que decidiu em favor de sua equipe sempre que esta precisou, marcando sempre seus gols, sobretudo quando jogava em casa.

A equipe toda rendeu além das expectativas, principalmente se comparado ao desempenho rubro-negro no Brasileirão, e por isso fez por merecer a campanha que teve e o título conquistado.

Parabéns ao Flamengo, pelo desempenho e pelo título!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Amanhã teremos um campeão

Agora é inevitável: amanhã teremos o Campeão da Copa do Brasil. Flamengo e Atlético Paranaense fazem o segundo jogo da grande decisão da edição de 2013 da competição.

A vantagem? Certamente é do Flamengo!
É inevitável admitir que o empate por 1 gol, conquistado no jogo de ida, em Curitiba, dá ao time carioca margem para jogar com mais tranquilidade. Afinal, o jogo inicia 0 x 0 - resultado que dá o título ao clube da Gávea. Ou seja, o Flamengo só precisa não sofrer gols para ser campeão.
Mas mais do que isso, tem a vantagem de jogar em seus domínios - o Maracanã - onde sua torcida será um fator muito decisivo em seu favor. Além disso, é no Maracanã e em jogos da Copa do Brasil que o Flamengo tem feito suas melhores partidas, tem empolgado seu torcedor, e que tem tido um Hernane inspirado e matador. Talvez, mais do que a defesa não sofrer gols, a grande esperança e expectativa dos rubro-negros cariocas é que o artilheiro do novo Maracanã e desta edição da Copa do Brasil possa manter seu estrelismo e marcar ou ajudar o time a marcar mais gols do que a defesa possa vir a sofrer.
Contudo, o elenco deve manter os pés no chão, entrar em campo como quem precisa construir uma goleada para conquistar a taça, afinal, não por acaso o adversário chegou a esta mesma final.
E a esse favor pesa a presença do técnico Jayme de Almeida: pouco experiente, mas exímio conhecedor do elenco. Sem o status de figurão, talvez tenha mais tato para lidar com o favoritismo e controlar o ânimo e a expectativa dos jogadores.

Do outro lado temos um Atlético Paranaense que saiu visivelmente abatido e decepcionado com o resultado do jogo em seu mando de campo, na Vila Capanema.
O empate não seria um resultado de todo negativo, não fosse o fato de o adversário ter marcado um gol naquele jogo. Um gol que pode custar muito caro, visto que agora o Atlético precisa de uma vitória, ou de um empate por 2 gols ou mais, jogando no campo adversário, contra uma imensidão de flamenguistas.
É contra isso que a equipe paranaense precisa lutar. Pressionar os cariocas, procurar marcar um gol no início do jogo, e tentar jogar a torcida contra os donos da casa.
Mas... não bastassem todas as adversidades das condições da partida, o time ainda perdeu - suspenso por excesso de cartões amarelos - o meia Everton: grande motor da equipe de Curitiba, e dono da mobilidade que serve de contrapeso à cadência de jogo proporcionada pelo veterano Paulo Baier. Este, inclusive, é a grande esperança do time, sobretudo nas bolas paradas, e nas assistências ao atacante Marcelo e ao artilheiro Éderson.

Será, sem dúvidas, um embate muito duro de duas equipes, que não são nem de longe as melhores tecnicamente, mas que demonstram muita vontade de vencer. É inevitável assumir o favoritismo carioca, mas todo cuidado é pouco, para ambos!

Um placar?

Novo 1 x 1, e que o melhor vença nos pênaltis!

sábado, 23 de novembro de 2013

A grande surpresa que vem da Série B

Associação Chapecoense de Futebol

Esse é o nome completo do clube que, para a surpresa da grande maioria, passou pela série B apenas de passagem na temporada de 2013, e em 2014 já estará na elite do futebol brasileiro.

Um time pequeno, com uma história bastante recente - se comparada à maioria dos grandes clubes do Brasil - mas com uma torcida muito fanática e intensamente apaixonada, que nos dias de jogos movimenta a cidade catarinense de Chapecó.

Fundada em 1973, a Chapecoense é um dos times que recentemente alcançou conquistas e resultados importantes que elevaram muito seu panorama no cenário regional e nacional. Em seus 40 anos de existência, conquistou 4 títulos catarinenses (1977, 1996, 2007 e 2011).

A passagem pela Série B foi mais rápida até mesmo do que grande parte da maioria dos torcedores acreditaria. Uma arrancada espetacular no início da temporada permitiram que a equipe, por algum tempo, chegasse a disputar a primeira posição da Segundona com o poderoso Palmeiras (o time de Chapecó liderou a competição na 1ª e da 4ª à 15ª rodadas). Contudo, a equipe foi perdendo a regularidade, empatando muitos jogos e perdendo o contato com o time paulista, que acabou disparando na ponta da tabela de classificação. Ainda assim,a gordura acumulada no início do campeonato foi suficiente para garantir à Chapecoense a vice-liderança e o acesso à Série A do próximo ano.

Em números, foram 37 partidas disputadas até o momento, com apenas 6 derrotas - mesmo número do campeão Palmeiras - a diferença, entretanto, está no número de empates: enquanto o time paulista empatou apenas 7 vezes, a Chapecoense empatou 12, e venceu outras 19.
Nestes 37 jogos, foram 59 gols marcados (quinto melhor ataque) e 31 sofridos (segunda melhor defesa) o que credencia a equipe com um saldo de 28 gols positivos.

Destes 59 gols marcados, mais de metade deles foram pelo atacante Bruno Rangel: artilheiro absoluto da Série B, com 30 tentos assinalados. Uma quantidade tão grande que garante a ele o título de maior goleador da história da segunda divisão no Brasil. Para se ter uma ideia, nesta temporada, depois dele, quem mais marcou foi Marcos Aurélio, do Sport - com 10 gols a menos (20).

Além de Bruno Rangel, a Chapecoense tem destaques como o experiente goleiro Nivaldo - há muitos anos titular da equipe; os zagueiros Dão e Alemão, que aos poucos foram se firmando na defensiva do time; o jovem volante Augusto, oriundo da base do Internacional, e um dos grandes nomes da temporada do Verdão do Oeste;  o meia armador Athos, que vem se recuperando recentemente de lesão, e com participação em muitos gols da equipe, sempre com passes muito precisos; e o experiente atacante Rodrigo Gral, de 36 anos - com passagem por equipes como Grêmio, Flamengo, Juventude, Sport, Bahia, Futebol Japonês e, inclusive, seleções de base.

Mas, talvez o grande destaque desta surpresa que foi a Chapecoense em 2013 tenha sido o treinador  e ex-goleiro Gilmar Dal Pozzo. Como atleta, passou por equipes conhecidas como Caxias, Goiás e Avaí, além do Marítimo, de Portugal. Como técnico, desde 2008 teve algum destaque em times do interior do Rio Grande do Sul. Mas nada que se compare a essa passagem pelo time de Chapecó, em que boa parte da responsabilidade pela campanha meteórica do clube na competição nacional é creditada a ele.

Fica claro que, embora recente, a ascensão da Chapecoense é muito consolidada por uma equipe-base bem estruturada, com peças que complementam bem o elenco, um treinador com ideias diferentes para o futebol, um estádio próprio e recentemente reformulado para acomodar a sua fanática torcida.

É também evidente que para disputar a Série A na próxima temporada a equipe precisará de uma reformulação muito grande no elenco, a contratação de peças de qualidade que possam agregar técnica e experiência a um time já praticamente montado!

Seja bem vinda Chapecoense à Primeira Divisão!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

As possibilidades

O sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2014 só será feito no dia 6 de Dezembro. A definição de qual seleção ficará em qual pote no sorteio só será 3 dias antes. Contudo, agora que já sabemos quais são os 32 classificados, podemos imaginar como será essa definição.

Os cabeças-de-chave, definidos pelo última ranking de seleções da FIFA, são:
Brasil (não pelo ranking, mas por ser país sede), Espanha, Alemanha, Argentina, Uruguai, Bélgica, Suíça, Colômbia.

No segundo pote, devem ficar os classificados da Ásia, além dos representantes das Américas do Norte, Central e Caribe (CONCACAF):
Estados Unidos, Costa Rica, Honduras, México, Irã, Coréia do Sul, Japão e Austrália (que, mesmo sendo da Oceania, classificou-se disputando as eliminatórias asiáticas).

No terceiro pote ficariam os representantes da África, além dos sul-americanos restantes e da França, campeã mundial oriunda da repescagem européia:
Camarões, Gana, Argélia, Nigéria, Costa do Marfim, Equador, Chile e França.

E no quarto por ficariam as seleções europeias restantes. Pode parecer pouco, mas inclui seleções muito fortes.
Croácia, Bósnia, Portugal, Holanda, Rússia, Grécia, Itália e Inglaterra.


Sendo assim, o caminho do Brasil pode ser teoricamente fácil, por exemplo, se for sorteado para um grupo com Irã ou Honduras, Argélia e Croácia ou Bósnia. Apenas teoricamente. Algumas dessas seleções podem surpreender e muito.

Por outro lado, os donos da casa podem encarar um grupo com nada menos que México, França e Itália ou Inglaterra ou Holanda.

Certo é que teríamos alguns grupos muito fortes já que, a França, Equador e Chile não poderiam ficar me grupos de cabeças de chave de seu continente. Assim, obrigatoriamente a França ficaria no grupo do Brasil, da Argentina, do Uruguai ou da Colômbia, além de mais alguma seleção européia.
Além disso, Equador e Chile precisam ficar em grupos com cabeças de chaves europeus - Alemanha, Espanha, Bélgica ou Suíça.

De outra forma, poderemos ter um "grupo da vida", formado, por exemplo, por Suíça, Honduras, Argélia e Bósnia - muito fraco tecnicamente e em que todos tem chances de classificação.

Algumas seleções sabem que vem para o Brasil apenas a passeio, ou com mínimas chances de classificação (Honduras, Irã, Equador, Costa Rica, Bósnia, Grécia, Argélia e Austrália). Outras que tem chances de classificação, mas que dificilmente chegarão às fases finais (Chile, Croácia, Camarões, Rússia, Gana, Coréia do Sul, Japão, Suíça). Ainda há aquelas que devem chegar longe, mas só com algum acontecimento  catastrófico teriam chances de títulos (Bélgica, Colômbia, Estados Unidos, México, Uruguai, Portugal, Nigéria, Costa do Marfim). E por último, os grandes favoritos. Os de sempre. É certo que alguns ficarão pelo caminho, mas a maioria deles deve estar nas fases finais e decidir o título desta Copa do Mundo. (Brasil, Argentina, França, Alemanha, Itália, Inglaterra, Holanda e Espanha).

Aguardemos o próximo dia 6 de Dezembro para ver com quem estará a sorte ou o azar no sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

domingo, 17 de novembro de 2013

Um desfavor ao futebol brasileiro

É exatamente isso que Neymar faz para o Brasil. O amistoso de ontem, contra Honduras foi a prova mais veemente disso. O 5x0 - resultado final da partida - foi mero coadjuvante na noite de ontem.

Além de jogar muito pouco, apanha. Mas apanha, não porque joga bem e os adversários o caçam por ele oferecer perigo ao gol inimigo. Longe disso. Apanha porque ao invés de jogar, de tentar fazer com que sua equipe vença, fica na lateral do campo, passando o pé em cima da bola, driblando - mas sempre em direção ao próprio campo. As jogadas nunca tem objetivo prático e efetivo nenhum.
Tudo isso pra provocar o adversário.

Pode soar estranho, mas apanha porque gosta! Apanha porque pede! Apanha porque nas chances que tem de realmente ser útil para o Brasil, chuta na arquibancada uma bola cara-a-cara com o goleiro adversário.

E saiu da partida de ontem porque se mostrou mais inútil do que nunca.

Afinal, foi depois da saída do "gênio" Neymar que o Brasil começou a jogar realmente bem, a criar jogadas envolventes e a encantar o torcedor brasileiro em Miami.

Willian, agora no Chelsea, em sua primeira convocação mostrou que tem vaga nesta seleção. Uma atuação muito consistente e muito produtiva, mesmo tendo entrado apenas no intervalo.
Robinho voltou a jogar bem...
Até o Hulk - quem diria - jogou bem e participou de dois gols da seleção.

Enfim, com a saída de Neymar, os jogadores puderam ter liberdade para movimentar-se, para tabelar com quem quisessem, para procurar, de fato, as melhores jogadas para o Brasil.

Sem Neymar, o Brasil tem liberdade para mostrar todo seu potencial. Tem liberdade para ser o Brasil, pentacampeão mundial.

Os Hondurenhos realmente pegaram pesado e foram desleais. Mas nada justifica provocar ainda mais essa deslealdade com as eternamente inúteis firulas do craque inútil e inoperante do Brasil.

Pena que, mais uma vez, o Brasil só percebe as "deslealdades" alheias, e fecha os olhos para suas próprias deficiências.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O chato contra a chatice.

É fato incontestável que a formulação de pontos corridos é hoje consolidada, não só no Brasil, mas também nos grandes centros do futebol mundial. Praticamente ninguém mais hoje põe à em dúvida a funcionalidade e a eficiência deste método para escolher o melhor time de um campeonato.

Contudo, segue aqui este breve apaixonado pelo esporte que continua defendendo o "mata-mata", os jogos eliminatórios, que trariam de volta consigo o mais importante, o mais apaixonante, o mais instigante do futebol: a emoção.

Com sabe-se lá quantas rodadas de antecipação o Cruzeiro já é campeão brasileiro de 2013. Os matemáticos que me desculpem com seu 100%, mas é inevitável que o título vá para Belo Horizonte. A última vitória - o 3x0 contra o Grêmio - foi apenas o golpe final para sacramentar o time mineiro como único a vencer todos os times em uma única edição da campeonato por pontos corridos. O título? Esse o Cruzeiro já venceu há várias rodadas, quando conseguiu abrir uma margem de 12 pontos sobre o segundo colocado - na época o Botafogo.

A briga pelas vagas na Libertadores? Ah! Há sim disputa! Quatro times brigam por três vagas, sendo que o Botafogo, em sua decadência rotineira e anual deve ser o time a ficar de fora. A disputa está praticamente decidida: Atlético-PR em segundo, Grêmio/Goiás em terceiro, e o outro em quarto. Fica a dúvida se Ponte Preta ou São Paulo levar o caneco na Copa Sul-Americana. Aí sim, em teoria, Goiás e Grêmio disputariam a terceira vaga, já que o G-4 se tornaria G-3.

Portanto, a disputa mais acirrada, mais empolgante e mais emocionante deste campeonato brasileiro de 2013 é... a briga contra o rebaixamento? É!

Triste, mas é!

E a evidência é ainda maior sobre estes duelos, tendo em vista dois times considerados "grandes" no futebol nacional: os cariocas Fluminense (que acaba de anunciar Dorival Jr. como substituto do recém demitido Vanderlei Luxemburgo) e Vasco. Um briga com o outro contra (ou a favor?) o rebaixamento. Mas, se ambos continuarem nesta fase de mais revés do que vitórias, correm o risco de morrerem abraçados, e deixar o Criciúma escapar da degola.

Não é preciso nem comentar a deprimência e a vergonha que é para dois times como estes, deste "nível" viverem esta fase. Mas...
Vamos agradecer a eles!
São Vasco e Fluminense, na disputa contra o rebaixamento - envolvendo ainda Bahia e Criciúma - quem está dando ânimo e graça a este campeonato monótono, modorrento: um marasmo sem fim. Ou melhor, com um fim que demora muito mais do que a efetiva durabilidade do campeonato.

É demais este chato ficar defendendo o campeonato com jogos decisivos. Com finais!

Mas não acho que seja nunca demais - mesmo que já esteja ficando chato - defender o fim da chatice que é o atual campeonato brasileiro de pontos corridos.

domingo, 10 de novembro de 2013

O outro grande de Madri!

É consenso da maioria que o Atlético de Madri é o terceiro maior clube da Espanha, e que a equipe vem ganhando ainda mais espaço nos últimos anos, apesar de toda a rivalidade com o Real, maior clube de Madri e da Espanha.

A história do clube apenas comprova esta constatação. O Atlético de Madrid é o terceiro maior campeão espanhol, atrás apenas do rival local Real Madrid e do Barcelona, com nove títulos da Liga, dez títulos da Copa do Rei da Espanha, dois títulos continentais da Liga Europa da UEFA, dentre muitos outros títulos nacionais e internacionais, mas de menor expressão. Por lá passaram recentemente jogadores de renome mundial, como o espanhol Fernando Torres, Sérgio Agüero, Falcão García, Diego Forlán, Carlos Gamarra, o lendário artilheiro mexicano Hugo Sánchez e  Diego Simeone - atual técnico da equipe, além de muitos outros.

É vice-líder - apenas um ponto atrás do Barcelona - do Campeonato Espanhol, e classificado com dois jogos de antecedência às oitavas-de-final da Champions League. Vem numa fase fantástica, com atuações exuberantes e jogadores que tem conseguido, na equipe, render o seu melhor futebol.

A ótima campanha em La Liga foi conquistada com resultados muito expressivos, sobretudo a vitória com o rival Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, por 0x1, e muitos resultados elásticos em casa, jogando no Estádio Vicente Calderón, não sendo raras as vitórias com quatro ou cinco gols de vantagem sobre os adversários.

Já na Champions League, a equipe madrilenha foi uma das primeiras a garantir classificação para a próxima fase, vencendo todos quatro primeiros jogos, marcando doze gols e sofrendo apenas dois. Tudo isso em um grupo aparentemente fácil, mas com dois adversários perigosos que são o russo Zenit, de São Petesburgo, e o Porto, de Portugal. Do quarto elemento da chave já não se esperava nada, e o Áustria Wien confirmou em suas atuações que veio para esta edição da Champions League como mero espectador.

Desde que o argentino Diego Simeone assumiu o comando da equipe, los colchoneros já foram campeões da UEFA Europa League, da Supercopa da Europa e da Copa do Rei da Espanha, em apenas dois anos de trabalho.

A base da equipe se mantém a mesma há algumas temporadas, sendo aos poucos reforçada por contratações pontuais que só tem engrandecido ainda mais o time e o elenco.

A base da equipe é formada por:  
                                   Courtois (Bélgica)
                   Miranda (Brasil)            Godín (Uruguai)
Juanfran (Espanha)                                      Filipe Luís (Brasil)
                    
                Raúl García (Espanha)      Gabi (Espanha)

Koke (Espanha)                                      Arda Turan (Turquia)

       Diego Costa (Espanha)          David Villa (Espanha)

Destes, os principais destaques são:
- Thibaut Courtois: se toda a grande equipe começa por um grande goleiro, o Atlético de Madrid está no caminho. O jovem e gigante arqueiro belga, de apenas 21 anos e 1,99m, vive uma fase extraordinária. Emprestado pelo Chelsea, é um goleiro completo e tido como o sucessor natural do tcheco Petr Cech no clube londrino;
- A trinca de meias espanhóis, muito eficiente e extremamente dinâmica, dão segurança à defesa e muitas opções ao ataque. O experiente Gabi, joga no estilo do conterrâneo Xavi, do Barcelona, com passes muito precisos, além de ser capitão da equipe; o ágil e batedor de faltas Raúl García; e o jovem e criativo Koke, formam um trio de altíssima qualidade;
- Arda Turan: meia turco com uma visão de jogo incrível, e uma capacidade técnica de passe que o credenciam como uma das estrelas da equipe, e um dos melhores desta posição no Campeonato Espanhol. Sua ida do Galatasaray para o Atlético de Madrid foi a transferência mais cara da história do futebol turco. E os espanhóis afirma ter valido à pena;
- David Villa: estrela espanhola que dispensa comentários. Apesar da sua passagem um tanto contestada pelo Barcelona recentemente, geralmente faz sucesso onde atua, marcando sempre muitos gols. Esta característica de artilheiro o coloca como o maior goleador da história da Seleção da Espanha, com 56 gols em 92 atuações;
- Diego Costa: o grande centro da mídia espanhola e brasileira nas últimas semanas, em função da sua opção por defender La Fúria, preterindo a seleção brasileira. Vive uma fase esplendorosa, e com muito sacrifício vai brigando com Cristiano Ronaldo pela artilharia do Campeonato Espanhol desta temporada.

Estes são apenas alguns dos destaques da equipe. Outros jogadores, alguns importantes e reconhecidos internacionalmente compõe o elenco colchonero. Podemos citar na defesa o zagueiro belga Tobias Alderweireled, o lateral Emiliano Insúa; no meio são muitas e muito boas as opções que tem Simeone: o português Tiago, o uruguaio Cristían Rodríguez, o jovem espanhol Óliver Torres, o também jovem francês Joshua Guilavougui; e para o ataque as opções são o espanhol Adrián López, e o jovem brasileiro Léo Baptistão, destaque das últimas temporadas na Espanha pelo modesto Rayo Vallecano.

A equipe madrilenha é sem dúvida uma das que tem maiores chances de desbancar os "gigantes favoritos", pela qualidade de seu elenco, pela fase incrível que vive, e por já ter demonstrado ser possível derrotar estes favoritos, como fez com o Real Madrid no último duelo por La Liga.

A salvação na terra da bota?

O Napoli é certamente o time italiano na Champions League que vive a melhor fase. É vice líder do Campeonato Italiano e, apesar de ter caído num grupo muito difícil no chaveamento da competição européia, consegue se manter, pelo menos por enquanto, à frente do atual vice-campeão Borussia Dortmund.

O time é um dos grandes da Itália, apesar de viver  um jejum de títulos de muitos anos. Foi campeão europeu na temporada 1988-1989 e campeão italiano duas vezes: 1986-1987 e 1989-1990. Não coincidentemente, todos os títulos de expressão da Società Sportiva Calcio Napoli, que até então era uma equipe muito pequena, foram conquistados durante a passagem de nada mais nada menos do que o craque argentino Diego Armando Maradona.

Depois da saída de El Pibe, o Napoli só voltou a conquistar mais um título de grande expressão: a Copa da Itália na temporada 2010/2011. Além disso, o time enfrentou por algum tempo, dificuldades em manter-se na elite do futebol italiano, tendo caído até para a terceira divisão do Calcio.

Mas nessa temporada, o time vem se destacando por bons resultados, e mesmo na temporada passada, o vice-campeonato premiou uma equipe que conseguiu encaixar-se até rapidamente, e conseguiu uma vaga direta na fase de grupos da Champions League. O elenco foi reforçado com algumas contratações muito pontuais que ajudaram ainda mais no crescimento do time.

Como dito anteriormente, o sorteio não favoreceu a equipe napolitana, caindo no "grupo da morte", contra Borussia Dortmund, Arsenal e Olympique de Marseille. Mas o time italiano vem conseguindo seu espaço na competição, fazendo valer principalmente o fator mandante, com vitórias muito convincentes em seu estádio San Paolo.

O elenco é bastante experiente, a começar pelo goleiro espanhol Pepe Reina, que depois de quase dez anos no Liverpool da Inglaterra, transferiu-se em Julho para o time de Napoli e a transferência parece ter-lhe feito muito bem, pois suas atuações tem melhorado ainda mais, garantindo a ele entrar no rodízio que o treinador Vicente del Bosque faz entre os arqueiros espanhóis, contando também com Casillas e Valdés.

A zaga é muito consistente, com destaque para o italiano e capitão do time, Paolo Cannavaro: o típico zagueiro italiano, sério, ótimo cabeceador, mas um tanto lento. Juntou-se a ele também na última janela de transferências europeias o espanhol Raúl Albiol, que deixou o Real Madrid para tentar a sorte na equipe Azzurri. Outro italiano na defesa é o experiente lateral direito Christian Maggio, por algum tempo titular da seleção da Itália Outros destaques ficam por conta do uruguaio Miguel Britos, o argentino Federico Fernández, os colombianos Juan Zuñiga e Pablo Armero - muito conhecido da torcida do Palmeiras - mais pela sua irreverência do que pela qualidade técnica.

O meio de campo do Napoli conta com jogadores pouco conhecidos, a maioria oriundos de países com pouca expressão no futebol, como é o craque do eslovaco e melhor jogador da equipe Marek Hamsik. Destacado pelo seu cabelo "diferente", Hamsik é um meia-atacante de muita velocidade e ótima qualidade de finalização na perna direita. Já está em sua sexta temporada pelo Napoli Ajudou sua seleção à classificar-se pela primeira vez para uma Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul. 
O trio suíço que compõe parte das opções de meio-campo para o treinador Rafa Benítez também merece destaque: Blerim Dzemailli, Valon Behrami e Gökhan Inler chegaram praticamente juntos ao Napoli, e hoje disputam espaço entre os titulares.
Outro jogador que atua na meia napolitana é o jovem croata Josip Radosevic, de apenas 19 anos, recém contratado do Hadjuk Split - um dos maiores times da Croácia - e que vem tendo boas atuações na armação do clube napolitano.

No ataque, os dirigentes do Napoli conseguiram com muito êxito suprir a saída do craque e xodó da torcida Edison Cavani, uruguaio que transferiu-se para o Paris Saint-Germain e juntou-se com outro "ex-ídolo" napolitano que já estava no PSG - Ezequiel Lavezzi. A contratação do argentino Gonzalo Higuaín foi excepcional, tanto para a equipe, que conseguiu substituir seu grande herói recente - guardadas as devidas proporções técnicas - quanto para o jogador, que conseguiu livrar-se da sombra que era o francês Karim Benzema, com quem revezava a titularidade nos tempos de Real Madrid. Camisa 9 da seleção da Argentina, embora contestado por muitos, Higuaín tem conseguido seu espaço, marcando seus gols e se transformando em peça indispensável na equipe italiana.
Nesta mesma leva do Real Madrid também chegou o jovem atacante espanhol José Callejón, veloz e muito oportunista, que tem aos poucos ganhado espaço no time italiano.
Outras opções para o ataque são o bom finalizador belga Dries Mertens, o rodado macedônio Goran Pandev e o o jovem italiano Lorenzo Insigne, que depois de algumas temporadas emprestado a clubes menores, vem tendo nesta temporada as primeiras oportunidades no Napoli.

O treinador espanhol Rafael Benítez é quem comanda esta boa equipe. Depois de uma longa e vitoriosa passagem de seis anos pelo Liverpool, da Inglaterra, e algumas temporadas instáveis por Internazionale e Chelsea, Rafa Benítez parece ter se encontrado novamente com a boa fase no Napoli e vem conquistando ótimos resultados.

É evidente que as dificuldades do Napoli serão muito grandes de classificação na Champions League, sobretudo por ter que enfrentar o Borussia Dortmund na Alemanha, em um grupo que traz três times muito fortes e que podem, sem dúvidas, oferecer resistência aos "poderosos", considerados favoritos.

Será que outro argentino trará mais uma temporada de glória para o time de Napoli?

À sombra do campeão.

O Borussia Dortmund, um dos maiores times da Alemanha, vive um ótimo momento de sua história, tem um elenco incrível, é vice-líder do Campeonato Alemão, é atual vice-campeão Europeu, atua vice-campeão da Bundesliga, atual vice-campeão da Copa da Alemanha...
Mas só vices? 
É...
De pouco tem adiantado a fase excepcional do Borussia, se tem que encarar a melhor fase da história de seu maior rival alemão, o Bayern de Munique. Todos esse vices tem sempre o mesmo clube Bávaro como líder/campeão.

O Borussia é um dos maiores times da Alemanha e da Europa, com 8 títulos alemães, 1 título Europeu em 1996/1997 - e campeão intercontinental no fim de 1997.
Um passado glorioso, mas que não se compara ao início de década de 2010, em que o clube vem alcançando seu maiores e mais expressivos resultados.

E não há como negar: o elenco do Borussia Dortmund é da mais alta qualidade, e de um nível fora de qualquer padrão. Consegue aliar técnica e garra; experiência e juventude; força física e velocidade.

A experiência começa pelo goleiro Weidenfeller, que com 33 anos vive talvez a melhor fase de sua carreira, que já tem dez anos como arqueiro titular do time auri-negro.

A zaga, nem tão experiente, mas muito segura, é um dos pontos fortes desta que é uma equipe muito equilibrada entre defesa-meio-ataque. A começar pelo miolo central, com o alemão Mats Hummels, titular de sua seleção, é um dos melhores zagueiros do mundo na atualidade. Seu companheiro de zaga, o sérvio Neven Subotic é também um excelente zagueiro, muito veloz e ótimo desarmador. Recentemente o clube contratou outro defensor, o grego Sokratis Papasthatopoulos, que apesar do nome complicado, joga simples, e pode ser um substituto, se não à altura, pelo menos ocupando o espaço para uma possível e quase provável saída de Mats Hummels.

Os laterais da equipe de Dortmund são bons. Não são excepcionalmente bons, como a maioria do restante do elenco, mas são suficientemente bons para não comprometer o desempenho da equipe. Na direita, o polonês Lukasz Piszczek: costuma marcar muitos gols. E na esquerda, mais qualificado do que Piszczekm está o alemão Marcel Schmelzer, inclusive convocado algumas vezes para sua seleção.

No meio de campo, a qualidade técnica mesclada com a eficiência tática é o que garante o bom desempenho ofensivo e defensivo do Borussia.
Começando pelo experiente volante Sebastian Kehl, de 33 anos, que nesta temporada firmou-se como titular absoluto dos "pretos-e-amarelos", depois de participar de duas Copas do Mundo com a seleção da Alemanha (2002 e 2006).
Outro grande nome da equipe, que vem conquistando espaço na estelar seleção alemã, é  Ilkay Gündogan: volante muito versátil, ótimo finalizador, e jogador que dá dinâmica às ações do time.
O elenco do Borussia é composto por vários jogadores da seleção polonesa. Um deles é o meia Jakub Blazczykowski - ou simplesmente "Kuba" - um excelente finalizador, joga aberto pela direita e é também detentor de um passe muito qualificado e sempre muito preciso.
Com a perda de um dos principais nomes recentes do Borussia Dortmund, o meia alemão Mário Götze - humildemente conhecido como "o Messi alemão" - o clube precisou ir às compras para encontrar alguém que pudesse substituir à altura a jovem promessa. E a escolha não poderia ter sido mais precisa. E mais cara.Os 27,5 milhões de Euros pagos pelo armênio Henrikh Mkhitaryan foi a maior quantia já desembolsada pelo Borussia por um atleta. Mas... valeu à pena! Depois de algumas temporadas no futebol ucraniano - com destaque para as duas temporadas fantásticas em que atuou pelo Shaktar Donetsk - o jovem armador já se firmou como peça fundamental da equipe alemã, sempre caracterizando suas atuações por muitos gols.
Além destes, a equipe de Dortmund tem outros nomes muito qualificados como opção para o meio campo, como o turco Nuri Sahin, que pertence ao Real Madrid, mas cujo passe está para ser comprado pelo Borussia; e os alemães Sven Bender e Kevin Grosskreutz.

No ataque, o clube tem dois nomes fantásticos, do mais alto nível no futebol mundial. O centroavante e artilheiro Robert Lewadowski - um dos 23 melhores jogadores do mundo em 2013, eleitos pela FIFA. Goleador nato, ganhou ainda mais visibilidade na temporada passada da Champions League ao marcar quatro gols numa mesma partida contra o gigante Real Madrid.
Seu companheiro de ataque é o não menos qualificado Marco Reus - cobiçado por praticamente todos os grandes clubes da Europa - tem um estilo de jogo muito parecido com o do luso Cristiano Ronaldo. Joga aberto na ponta esquerda, tem muita velocidade, capacidade técnica de drible muito aguçada, e um poder de finalização quase sempre fatal. Vem conquistando espaço na seleção da Alemanha, onde precisa disputar vaga com nomes como Thomas Müller, Lukas Podolski, e muitos outros.
Com a iminente saída do artilheiro Lewandowski, o Borussia contratou na última janela de transferências o atacante gabonês Pierre-Emerica Aubameyang, que apesar de não se comparar ao craque polonês, tem muito potencial e pode crescer junto com a equipe. A atleta estava no Saint-Etiénne, da França.

O elenco é muito qualificado, mas o principal mérito por sua montagem e esquematização é do treinador Jürgen Klopp. Depois de sete anos no modesto Mainz 05, Klopp assumiu o Borussia em 2008, e foi o responsável por definir as principais contratações que hoje compõe a equipe, por montar taticamente o time - que foi bi-campeão alemão consecutivo em 2010/2011 e 2011/2012. É um dos melhores - se não o melhor - treinador do mundo, sempre procurando montar um time ofensivo, jogando verticalmente, que hoje tem o melhor ataque do Campeonato Alemão. A vice-liderança se deve a alguns tropeços de começo de temporada, que mais adiante poder punir a equipe , já que o arqui-rival Bayern de Munique já começou a disparar na dianteira da tabela.

Na Champions League, o tropeço em casa diante do inglês Arsenal pode ser fatal para a classificação do Borussia Dortmund no "grupo da morte" da competição, contra, além do Arsenal, Napoli, da Itália e Olympique de Marseille, da França. O time alemão está em terceiro, com 6 pontos - três a menos do que os líderes Arsenal e Napoli. Contudo, se fizer sua parte, o Borussia tem muitas chances de embalar na competição e fazer frente aos "gigantes favoritos" nas fases eliminatórias.

Será a temporada para o Borussia Dortmund desbancar o rival Bayern de Munique?

O "mais" dos "menos"

Dentre os clubes grandes, mas não considerados favoritos ao título da Champions League 2013/2014, talvez o mais badalado seja o inglês Arsenal.

Depois da vitória fora de casa contra o Borussia Dortmund, os Gunners lideram o grupo F, ao lado dos italianos do Nápoli, e a frente dos alemães derrotados na última partida e dos franceses do Olympique de Marseille.

Além do bom desempenho na competição européia, o time londrino lidera o campeonato nacional, 5 pontos à frente dos vice-líderes Chelsea, Liverpool e Tottenham. Tem apenas uma derrota na Premier League, logo na primeira rodada, para o Aston Villa.

Como bem definiu o treinador do Borussia Dortmund, Jurgen Klopp, o Arsenal joga como uma orquestra. E o seu regente Arsène Wenger tem conseguido manter sua equipe muitíssimo afinada.

O goleiro da seleção polonesa Szczesny vive uma grande fase no clube londrino, e apesar da pouca idade, já é um ponto de segurança da equipe, sempre passando muita confiança aos companheiros.

Os laterais talvez sejam o ponto mais contestável da equipe: nem o francês Sagna na direita, nem o inglês Gibbs na direita são grandes craques, mas ainda assim são titulares absolutos, sem muita sombra de seus reservas.

O miolo de zaga, por outro lado, é um dos pontos fortes dos Gunners: tanto o alemão Mertesacker, quanto o belga Vermaelen - titular absoluto de sua seleção - e também o francês Koscielny, são fonte de segurança e garantia de seriedade e firmeza na defesa da equipe.

Mas o setor do time do Arsenal que mais impressiona pela qualidade e pela qualidade de bons jogadores à disposição de Wenger é, sem dúvidas o meio-campo: 
- o melhor deles, o alemão Özil, recém saído do Real Madrid, agora tem espaço para brilhar e mostrar todo seu futebol. Marca gols, passa, dribla, marca. Mesmo com o pouco tempo de Inglaterra, já está perfeitamente adaptado e tem exercido genialmente a função de motor da equipe; 
- o espanhol Santi Cazorla: ótimo finalizador e com muito boa visão de jogo; 
- outro espanhol, que joga um pouco mais recuado, é Mikel Arteta, igualmente bom finalizador e excelente marcador, tem sido, por vezes, capitão da equipe/
- o galês Aaron Ramsey: um dos melhores volantes da Europa, vive grande fase após se recuperar de uma gravíssima lesão que o deixou fora de boa parte da temporada passada, e constantemente listado entre o artilheiros da equipe pela qualidade fora do comum com que chuta a gol;
- o veterano Thomas Rosicky, titular a sete anos do clube londrino e a mais de dez da seleção tcheca, tem como principal virtude a qualidade de passe, que parece melhorar a cada ano que joga;
- o jovem inglês Wilshere, um atleta que tanto pode atuar como primeiro volante, como meia-armador. Começou a entrar em campo pelos Gunners quando tinha apenas 16 anos. É altamente cobiçado por vários gigantes europeus e apesar dos seus atuais 21 anos, já é titular da seleção inglesa.
Outros meias de nome na Europa também constam na lista estelar do Arsenal, mas nem sempre tem espaço entre os titulares, como os franceses Flamini e Diaby - este último, lesionado - e o ganês Frimpong.

Já no ataque, o Arsenal tem bons nomes, mas que atualmente sofre pois alguns dos principais jogadores ofensivos da equipe estão lesionados. É o caso do alemão Podolski, do velocista inglês Theo Walcott, do jovem também inglês Oxlade-Chamberlain, e do francês Sanogo. Ainda assim, o grande artilheiro da equipe, o francês Olivier Giroud, não só está atuando, como está em ótima fase. E há ainda peças importantes de reposição, como o dinamarquês Bendtner e o sul-coreano Park Chu-Young.

Com todas os bons jogadores que a equipe tem, e apesar do difícil grupo em que o Arsenal ficou na Champions League, o time deverá se classificar à próxima fase, e apesar de o bom momento ainda ser recente, os Gunners devem oferecer muito perigo e resistência aos considerados favoritos, principalmente pela força e tradição do clube, e a ótima qualidade do elenco, orquestrado por Arsène Wenger.

Favoritos x "menos favoritos" da Champions League

A temporada da Champions League 2013/2014 tem apresentado poucas surpresas: o favoritos tem conseguido fazer seus resultados, poucas zebras tem acontecido. 

Por exemplo, times como Áustria Viena, Steua Bucarest, Real Sociedad, Viktoria Plzen, e outros, vem confirmado seus papeis enquanto coadjuvantes, mantendo-se apenas como "vítimas" dos grandes favoritos.

Estes, por sua vez, vem se confirmando cada vez mais: o Barcelona de Messi e Cia.; o Real Madrid de Cristiano Ronaldo e Bale; o Bayern, defendendo o título com seu excelente time; talvez possamos incluir o Paris Saint-Germain, liderado por Ibrahimovic; e o milionário Manchester United, apesar da fase inconstante.

Contudo, algumas equipes que por diversos motivos, não tem tanto êxito e tanta visibilidade quanto aqueles citados acima podem surpreender os grandes favoritos. Em geral são equipes que há alguns anos não vinham tendo grandes temporadas, mas que parecem ter finalmente voltado aos trilhos das vitórias, ou então equipes qualificadas, mas que muitas vezes são ofuscadas pela excelência de outras equipes maiores em seus respectivos países.

Sendo assim, resolvemos fazer uma análise minuciosa destas equipes, grandes sim, mas "menos favoritas" do que os gigantes do cenário europeu ao título da atual Champions League.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Palpites para a Copa do Brasil

Daqui a alguns minutos começam os jogos de volta das semifinais da Copa do Brasil, que decidirão os finalistas desta competição nacional em 2013.

O primeiro jogo, entre Grêmio e Atlético-PR, acontece na Arena Grêmio, em Porto Alegre, e a vantagem é do clube do Paraná, pela vitória conquistada no jogo de ida, por 1x0.
Ainda assim, apesar da má fase do seu ataque, o palpite é que o Grêmio vence em casa pelo mesmo 1x0, e acaba levando a classificação nos pênaltis, diante de sua torcida, assim como foi nas quartas de finais contra o Corinthians.

Já no outro duelo, o palpite é mais fácil, já que a vantagem construída pelo Flamengo diante do Goiás no jogo de ida, em Goiânia, é muito boa. O 2x1 fora de casa dá muita margem para o clube carioca jogar com tranquilidade diante de um adversário desfalcado, sem seu principal jogador, o atacante Wálter.
O palpite pro jogo é 3x0 para o Flamengo, com mais uma grande atuação do artilheiro do novo Maracanã, Hernane "Brocador".

Assim sendo, teríamos uma final de gigantes entre Flamengo e Grêmio!


Confere aí, porque os jogos já vão começar!

E assim segue o Barcelona...

Um resultado bastante expressivo, principalmente se considerarmos a grandiosidade do Milan. Mas um resultado justo.
Não pela forma e pela ocasião como aconteceram os gols, mas pela atuação do Barcelona, e pela covardia do técnico italiano Maximiliano Allegri.

O 3x1 favorável aos catalães foi construído com os dois primeiros gols marcados irregularmente: no primeiro deles, um pênalti não existente e marcado pelo árbitro da partida, quando Neymar, ao sentir a mão do adversário tocá-lo, se joga na área; e o segundo, no cruzamento de Xavi, Busquets estava impedido para cabecear e marcar o 2x0.

Apesar das irregularidades, o resultado foi merecido! O Barcelona foi superior em toda partida, criou inúmeras chances além dos 3 gols marcados, e só não ampliou por falta de capricho dos seus jogadores, por algumas defesas importantes do goleiro milanês Abiatti.

O Milan descontou numa boa jogada de Kaká, contando com o azar de Piqué, que colocou a bola dentro do próprio gol. Kaká, aliás, que teve boa atuação, e que ofensivamente foi o jogador mais lúcido do Milan, que no primeiro tempo ainda teve outro brasileiro: o apagado selecionável Robinho, em uma atuação lastimável.

No segundo tempo, o Barcelona dominou ainda mais o adversário, e criou algumas oportunidades, como o gol que sacramentou o placar final da partida: uma bela jogada de Messi, em tabela com Fábregas, que culminou em mais um gol marcado pelo craque argentino.
Neymar, Messi e Sánchez foram os melhores do jogo, todos eles com muita movimentação e boas trocas de passes.

Ainda assim, o Barcelona continua sendo um time monótono, que toca para o lado a bola em 95% das oportunidades que tem de tocar, que por vezes dá sono ver jogar, que nem sempre mostra o brilho que pode ter com o elenco que possui. Acontece que os 5% em que o time resolver jogar de forma aguda, vertical, e efetivamente ofensiva, tem sido cada vez mais decisivo.

Ao Milan resta lutar pela segunda colocação no grupo H da Champions League, afinal, o primeiro lugar deverá inevitavelmente ser ocupado pelo Barcelona.

domingo, 3 de novembro de 2013

"Los catrachos" vem aí!

Este é um dos apelidos pelos quais é conhecida a seleção de Honduras: classificada para a Copa do Mundo de 2014, e adversária do Brasil no próximo amistoso, no dia 16 de novembro.

Honduras é um país muito pequeno, situado na parte insular da América Central, com pouco menos do oito milhões de habitantes, e um campeonato nacional de futebol muito pobre.

O futebol é o esporte mais praticado pelos hondurenhos, e os principais clubes locais são o Motagua e o Olímpia, ambos da capital Tegucigalpa. Há ainda outros times importantes para o esporte regional, como o Real España, o Marathon, e o Platense.

A seleção de Honduras, por sua vez, apesar de não ser uma das melhores tecnicamente, conseguiu alguns resultados de muita expressão, como a medalha de Prata nos Jogos Olímpicos de Winnipeg, em 1991; e a terceira colocação na Copa América de 2001, quando Honduras participou como convidado a substituir a desistente Argentina, e conseguiu uma campanha excepcional, eliminando inclusive o Brasil, de Felipão, nas quartas-de-finais.
Salvo essas exceções, Honduras não é uma grande seleção de grandes craques, ou grandes desempenhos. Qualificou-se apenas para duas Copas do Mundo, em 1982 e 2010.

Para classificar-se para o mundial de 2014, os hondurenhos precisaram passar por duas fases das eliminatórias da CONCACAF - federação que reúne os países das Américas do Norte, Central e Caribe. Na primeira delas, um quadrangular contra Panamá, Canadá e Costa Rica, com Honduras passando como primeiro colocado para o hexagonal final. Neste, enfrentou Estados Unidos, México, Costa Rica, Panamá e Jamaica. Acabou garantindo vaga direta no mundial do Brasil, em 2014, como terceiro colocado desta confederação, atrás de Estados Unidos e Costa Rica, mas na frente da tradicional seleção do México, que acabou na quarta colocação, ficando com a vaga para a repescagem mundial, para enfrentar a Nova Zelândia.

O plantel hondurenho, apesar de pouco qualificado tecnicamente, tem jogadores muito experientes e com rodagem pela Europa, além de ser uma equipe bem treinada pelo colombiano Luis Fernando Suárez. Apesar de alguns nomes razoavelmente conhecidos, é um elenco com pouca vocação ofensiva, aliada a uma defesa pouco confiável. O mérito dos hondurenhos é conseguir manter o jogo truncado no meio do campo.

Os principais nomes desta equipe são: o volante e ótimo finalizador Wilson Palacios, do Stoke City, da Inglaterra; o polêmico atacante David Suazo, com passagens por Benfica e Internazionale, e agora no italiano Catania, onde está já a algum tempo sem atuar; o bom zagueiro Emilio Izaguirre, do Celtic, maior clube da Escócia; outro zagueiro, Maynor Figueroa, que atua pelo Wigan, time da segunda divisão inglesa; e o lateral Osman Chávez, do Wisla Krakow, da Polônia.

Os demais jogadores do time atuam no futebol local, onde é quase impossível avaliar suas qualificações, e também na Major League - o Campeonato dos Estados Unidos - onde o nível técnico ainda é baixo, apesar das recentes iniciativas de melhorar a qualidade do esporte na terra do "Tio Sam".

É claro que nem o Brasil, nem os adversários de Honduras na Copa do Mundo deverão ter muito trabalho para bater os caribenhos, mas, principalmente para o Brasil, toda precaução com "los catrachos" - ou "os hondurenhos" - nunca é em excesso.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Quem não tem Diego Costa, caça com Robinho.

Depois da lastimável perda do atacante hispano-brasileiro Diego Costa, do Atlético de Madrid - que optou por defender a seleção da Espanha - a Confederação Brasileira de Futebol, personificada no treinador de sua seleção, Luis Felipe Scolari, resolveu tentar convocar alguém que pudesse suprimir essa rejeição de Diego Costa. Alguém que tivesse alguma representatividade e um certo apelo junto ao torcedor.

E o escolhido foi... Robinho!

Exatamente!
O "craque" das pedaladas!

Tão carregadas de rancor foram as declarações de Luís Felipe Scolari e do presidente da CBF, José Maria Marin, que ficou óbvio e explícito para quem quisesse ver, que a convocação de Robinho foi um consolo ao torcedor brasileiro, um "remendo", um "tapa-buracos" da situação.

É evidente que Robinho é um jogador altamente qualificado, ágil, veloz, ótimo driblador, com passagens por clubes de alto nível, como Santos, Real Madrid, Manchester City e Milan, onde atua hoje. Já comprovou inúmeras vezes, na própria seleção, que tem sim condições de defender o Brasil.

O grande problema, no entanto, é o momento e a situação em que esta convocação foi feita: além de servir como segunda opção às escolhas de Felipão, Robinho estava há dois anos sem vestir a amarelinha, e atua na Itália, justo num momento de absoluto declínio do futebol deste país e, sobretudo, um momento muito instável e fraco tecnicamente do Milan.
Num campeonato que perdeu qualidade e reconhecimento nas últimas temporadas, que tem o nível de qualidade declinado na maioria das equipes, a equipe "rossonera" ocupa a mísera e indigesta décima colocação, atrás de times minúsculos, como a Atalanta, a Udinese e o Hellas Verona.
Mesmo na Champions League, o time vive também uma fase intranquila, principalmente com a derrota em casa para o Barcelona. Ainda assim, consegue ocupar a segunda colocação de um grupo que tem, além de Milan e Barcelona, o Ajax (da Holanda) e o Celtic (da Escócia).

E mesmo com essa fase nem tão "agradável" do Milan, Robinho não tem nem conseguido se firmar como titular. O técnico Maximiliano Allegri faz um revezamento no ataque, e Robinho acaba tendo que brigar por vaga com, principalmente, mais três italianos: Matri, Balotelli e El Shaarawy. Em onze jogos pela "Séria A" - a primeira divisão do Campeonato Italiano - o brasileiro marcou apenas dois gols.
Além disso, antes dessa lembrança de Felipão, Robinho passou longos meses esquecido pela maioria dos brasileiros, ora por má fase técnica, ora por lesões.

Então eu pergunto a você: por quê Robinho?

Sabe porquê? Mídia e média com o povo brasileiro.
Foi o modo que a CBF criou para tentar iludir os torcedores da seleção, e tentar apagar o vergonhoso fato da rejeição recém sofrida. Tampar o buraco aberto por este "não", que se não fechado, acabará revelando ainda mais a vexante realidade da gestão do futebol no Brasil, e as condições subumanas que a maioria dos jogadores tem para exercer sua profissão.

Robinho pode voltar a brilhar na seleção brasileira?
Sim!

E vai voltar, de fato, a brilhar? 
Dificilmente! Pelo menos não agora.

Espero que essa situação tão vexante sirva, ao menos, para que alguém se dê conta do descaso da CBF para com a maioria dos clubes e jogadores, e que o Brasil não precise passar por mais ocasiões deprimentes como essa , sendo preterido por um "nativo", pois suas instituições organizadoras não são capazes de realmente organizar o esporte nacional. 
Que não precisemos ficar passando por vergonhas como essa, e por perdas técnicas de milhares de "Diegos Costas", espalhados por todos os cantos deste país!