Quem lê um título como este pode facilmente imaginar que o texto trata de algum jogador individualista - o vulgo "fominha". Ou ainda daquele jogador voluntarioso, dedicado, que demonstra muita vontade em campo, o que tem "fome" de bola!
Antes fosse...
É na verdade um comentário indignado e revoltoso sobre a situação dos jogadores do América-SE que, por não terem uma alimentação adequada, passaram mal ao final do jogo contra o Confiança, válido pelo Campeonato Sergipano. Se não bastasse isso, o clube não possui uma estrutura médica capaz de atender às necessidades dos atletas, cujo atendimento levou mais de meia hora e foi feito só no hospital.
E é nessa situação deplorável que encontram-se vários clubes espalhados pelo Brasil todo, principalmente fora dos grandes eixos.
Como é possível que, no "país do futebol", jogadores entrem em campo com fome, tendo comido biscoito e pastel na última refeição?
Como é possível que as federações deste "país do futebol" permitam que seus clubes entrem em campo nessas condições, sem uma equipe técnica que possa dar suporte e garantir a integridade física destes atletas?
Como é possível que tudo isso aconteça, ao mesmo tempo em que "Neymares" por aí ganhem mensalmente cifras que extrapolam a faixa de um milhão de reais para fazer pouco mais do que estes jogadores do América-SE? Lembrando que tudo isso acontece dentro do mesmo "país do futebol"...
Pois o Brasil, muito antes de ser o "país do futebol", já era e continua sendo o país da fome de muitos!
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