domingo, 10 de novembro de 2013

O "mais" dos "menos"

Dentre os clubes grandes, mas não considerados favoritos ao título da Champions League 2013/2014, talvez o mais badalado seja o inglês Arsenal.

Depois da vitória fora de casa contra o Borussia Dortmund, os Gunners lideram o grupo F, ao lado dos italianos do Nápoli, e a frente dos alemães derrotados na última partida e dos franceses do Olympique de Marseille.

Além do bom desempenho na competição européia, o time londrino lidera o campeonato nacional, 5 pontos à frente dos vice-líderes Chelsea, Liverpool e Tottenham. Tem apenas uma derrota na Premier League, logo na primeira rodada, para o Aston Villa.

Como bem definiu o treinador do Borussia Dortmund, Jurgen Klopp, o Arsenal joga como uma orquestra. E o seu regente Arsène Wenger tem conseguido manter sua equipe muitíssimo afinada.

O goleiro da seleção polonesa Szczesny vive uma grande fase no clube londrino, e apesar da pouca idade, já é um ponto de segurança da equipe, sempre passando muita confiança aos companheiros.

Os laterais talvez sejam o ponto mais contestável da equipe: nem o francês Sagna na direita, nem o inglês Gibbs na direita são grandes craques, mas ainda assim são titulares absolutos, sem muita sombra de seus reservas.

O miolo de zaga, por outro lado, é um dos pontos fortes dos Gunners: tanto o alemão Mertesacker, quanto o belga Vermaelen - titular absoluto de sua seleção - e também o francês Koscielny, são fonte de segurança e garantia de seriedade e firmeza na defesa da equipe.

Mas o setor do time do Arsenal que mais impressiona pela qualidade e pela qualidade de bons jogadores à disposição de Wenger é, sem dúvidas o meio-campo: 
- o melhor deles, o alemão Özil, recém saído do Real Madrid, agora tem espaço para brilhar e mostrar todo seu futebol. Marca gols, passa, dribla, marca. Mesmo com o pouco tempo de Inglaterra, já está perfeitamente adaptado e tem exercido genialmente a função de motor da equipe; 
- o espanhol Santi Cazorla: ótimo finalizador e com muito boa visão de jogo; 
- outro espanhol, que joga um pouco mais recuado, é Mikel Arteta, igualmente bom finalizador e excelente marcador, tem sido, por vezes, capitão da equipe/
- o galês Aaron Ramsey: um dos melhores volantes da Europa, vive grande fase após se recuperar de uma gravíssima lesão que o deixou fora de boa parte da temporada passada, e constantemente listado entre o artilheiros da equipe pela qualidade fora do comum com que chuta a gol;
- o veterano Thomas Rosicky, titular a sete anos do clube londrino e a mais de dez da seleção tcheca, tem como principal virtude a qualidade de passe, que parece melhorar a cada ano que joga;
- o jovem inglês Wilshere, um atleta que tanto pode atuar como primeiro volante, como meia-armador. Começou a entrar em campo pelos Gunners quando tinha apenas 16 anos. É altamente cobiçado por vários gigantes europeus e apesar dos seus atuais 21 anos, já é titular da seleção inglesa.
Outros meias de nome na Europa também constam na lista estelar do Arsenal, mas nem sempre tem espaço entre os titulares, como os franceses Flamini e Diaby - este último, lesionado - e o ganês Frimpong.

Já no ataque, o Arsenal tem bons nomes, mas que atualmente sofre pois alguns dos principais jogadores ofensivos da equipe estão lesionados. É o caso do alemão Podolski, do velocista inglês Theo Walcott, do jovem também inglês Oxlade-Chamberlain, e do francês Sanogo. Ainda assim, o grande artilheiro da equipe, o francês Olivier Giroud, não só está atuando, como está em ótima fase. E há ainda peças importantes de reposição, como o dinamarquês Bendtner e o sul-coreano Park Chu-Young.

Com todas os bons jogadores que a equipe tem, e apesar do difícil grupo em que o Arsenal ficou na Champions League, o time deverá se classificar à próxima fase, e apesar de o bom momento ainda ser recente, os Gunners devem oferecer muito perigo e resistência aos considerados favoritos, principalmente pela força e tradição do clube, e a ótima qualidade do elenco, orquestrado por Arsène Wenger.

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