terça-feira, 15 de abril de 2014

Grécia: a seleção dos feitos homéricos!

Grécia: um país recortado por muitas e muito belas ilhas; uma civilização multi-milenar; uma cultura e uma mitologia fantásticas... e um futebol mediano.

Localizada no extremo Sul da região balcânica, numa área estratégica entre o Sul da Europa e sua ligação via Mediterrâneo com a Europa e com a Ásia, historicamente a Grécia é uma das civilizações mais antigas e mais bem estruturadas do Ocidente.

Zeus, o deus dos deuses na mitologia grega.
Sua mitologia é, sem dúvidas, uma das mais reconhecidas e revisitadas da história da humanidade, mesmo em nosso dia-a-dia. Quem nunca imaginou o Olimpo, rodeado por Zeus, Posseidon, Apolo, Afrodite, Hermes, Hera e Cia. além de Hércules, ninfas, sátiros, etc?

Além disso, a Grécia é considerado o berço de conceitos como o de democracia, da filosofia ocidental, da literatura ocidental, da ciência política e das artes cênicas. Mas para o assunto que queremos tratar - mesmo que não diretamente - a maior invenção da civilização grega foi, certamente, a dos Jogos Olímpicos, seja em sua versão Antiga, mas sobretudo na chamada Era Moderna dos jogos.

A ideia de reunir os melhores competidores do mundo em suas respectivas modalidades, todos em um único evento, é o que move as Olimpíadas e o que mobiliza o "planeta bola" também para a Copa do Mundo. E é para a Copa do Mundo que a Seleção Grega de Futebol vem ao Brasil em 2014.

Seleção Grega comemora o título da Euro/2004.
No futebol, como na história de sua civilização, onde se acumulam feitos Homéricos ou Hercúleos - como preferir definir - a seleção grega precisa de um quê de heroicidade para conquistar resultados expressivos. 
São apenas duas participações em Copas do Mundo (1994 e 2010), além desta próxima, e apenas três participações em Eurocopas, tendo alcançado o título, 10 anos atrás, em Portugal, numa fantástica final contra os donos da casa. Um feito histórico, heroico, homérico, hercúleo e todos os adjetivos que possam ser conferidos e que dignificam uma seleção sem brilho e sem glórias.

Seleção Grega de Futebol

Para 2014 o time grego não aponta muitos sinais de melhoras. É formado predominantemente por jogadores veteranos, que já fizeram seu melhor pelo país e que hoje não rendem tanto quanto um dia já renderam. E a safra de renovação não é boa: são jogadores medianos que não conseguem se firmar em seus clubes. Além disso, faltam boas opções de reposição ao técnico português Fernando Santos.

Os principais nomes que vem ao Brasil são os já conhecidos Karagounis, atualmente no Fulham, da Inglaterra; do PAOK o atacante Salpingidis e o meia Katsouranis; e o gigante Samaras, que atua no campeonato escocês pelo Celtic.
Elenco grego que vem ao Brasil em Junho.

Da nova geração, nomes que podemos destacar são os defensores o Olympiacos Holebas e Maniatis, além do também defensor Sokratis, do Borussia Dortmund e o lateral Torosidis, da Roma.

Como podemos ver, e como tem sido recentemente na história do futebol grego, a defesa vem em primeiro plano. Não perder é o primeiro objetivo.

Porém, infelizmente para a nobre e grandiosa cultura grega, isso é muito pouco.
E para enfrentar um grupo, que não é dos mais fortes, mas um dos mais nivelados, uma defesa razoável não é suficiente.
Por isso, por mais que a Grécia possa estar (quase) no mesmo nível de seus adversários, uma classificação à segunda fase da Copa do Mundo seria uma surpresa bastante grande.
E a chegada da Grécia às fases finais do mundial... isso sim seria um feito homérico.











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