sexta-feira, 7 de março de 2014

O exército de elefantes

Seguindo o rumo das postagens que dizem respeito às seleções que vem para o Brasil para a Copa do Mundo de 2014, vamos dedicar atenção ao futebol do continente africano, que apesar dos resultados quase sempre pouco expressivos, pode surpreender a qualquer momento.

Dentro da África, o futebol apresenta muitas características bastante peculiares: muita força física, velocidade impressionante, e em alguns casos, boa qualidade técnica.

Mas dentre os vários países, a seleção que mais consegue aliar todas estas características, é a da Costa do Marfim: um grupo muito competitivo, recheado de estrelas e muito completo, com jogadores de potenciais bastantes diferenciados, o que dá alternativas e permite ao jovem técnico francês, Sabri Lamouchi, variar bastante o time dentro da competição e até no decorrer de uma partida.

A história da Costa do Marfim no futebol é bastante abreviada: a primeira atuação foi em 1960; o primeiro e único título continental foi conquistado em 1992; e as primeiras participações em Copas do Mundo foram nas últimas duas edições: 2006 - na Alemanha, e 2010 - na África do Sul - em ambas, eliminado na primeira fase, embora, devemos admitir, com doses pesadas de azar, por cair em grupos muito fortes - com Argentina e Holanda, em 2006; e com Brasil e Portugal, quatro anos depois.

Contudo, recentemente, embora sem títulos, as campanhas marfinenses tem sido muito destacadas, e o time que chega ao Brasil é uma geração muito competitiva e experiente.

Muito comum entre as seleções africanas, a posição de goleiro não é nem de longe o ponto mais forte da equipe, e também por isso não há um titular absoluto. Revezam "a camisa 1", o experiente Boubacar Barry, que atua no futebol belga e foi o titular na edição do ano passado da Campeonato Africano de Nações; mas nos últimos jogos, quem tem sido experimentado na meta marfinense é o jovem Mande Sayouba, que atua no futebol da Noruega. Pela experiência, Barry deverá ser o titular no mundial.

No setor de marcação a equipe se mostra por vezes frágil e um tanto confusa, principalmente contra ataques que conseguem impor velocidade e verticalidade. Ainda assim conta com grandes nomes, como os irmãos Kolo e Yaya Touré, que foram colegas de Manchester City, antes que este primeiro se transferisse para o Liverpool na temporada passada. Ainda, Arthur Boka, lateral do Stuttgart, e Siaka Tiene, que hoje atua no francês Montpellier, além de Jean-Jacques Gosso, vindo do futebol turco.

Mas, sem sombra de dúvidas, a principal arma do "país dos elefantes" é o seu poderoso ataque, com nomes como o veloz Salomon Kalou, ex-Chelsea e hoje no bom time do Lille; Gervinho, um dos grandes destaques da Roma; grande nome do Swansea no campeonato inglês, o artilheiro Wilfried Bony também é uma boa opção ofensiva marfinense; além, é claro, do grande astro Didier Drogba, craque do Chelsea, campeão europeu em 2012, e maior artilheiro da história deste país africano, hoje atuando no Galatasaray, da Turquia.

Coletivamente a equipe não parece apresentar tão bons resultados quanto, nome a nome, percebemos que realmente poderia.

Contudo, não podemos duvidar que a Costa do Marfim possa protagonizar bons momentos aqui no Brasil. Principalmente pois a equipe caiu num grupo forte, porém muito nivelado, com chances praticamente iguais, tanto para os marfinenses, quanto para gregos, colombianos e japoneses.

É esperar pra ver se Drogba e companhia serão capazes de nos surpreender neste mundial.

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