terça-feira, 7 de abril de 2015

Voltaremos!

Apenas para anunciar que o blog está sendo reativado, em breve com novos textos, com muita opinião, polêmica e informação sobre futebol.

O destaque, obviamente, vai ficar por conta das fases finais da UEFA Champions League, dos principais campeonatos nacionais da Europa e também a Copa América, que logo se avizinha.

Logo, logo!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

#FechadoComOAranha

Estava sem tempo e sem paciência pra manter o Blog, mas foi preciso arruma-los para comentar o ocorrido ontem, na partida entre Grêmio x Santos (0x2) pelas Oitavas de Final da Copa do Brasil.

O resultado? Apesar de catastrófico para as pretensões tricolores, é o que menos importa agora.
O que realmente importa é que o Grêmio seja punido, que os torcedores que chamaram o goleiro santista, Aranha, de macaco e fizeram gestos e sons que remetem a este animal... é preciso que estes torcedores sejam identificados e presos!!!

Não há justificativa para uma atitude como esta! Vejo gente falando "Parem com isso! Vocês estão prejudicando o Grêmio..." É sério mesmo que vocês acham que o grande prejudicado nisso é o Grêmio? Pessoas preocupadas com as punições que o Grêmio pode (e deve) receber, ou com a imagem do clube, que fica danificada por casos como este! 
Vocês querem mesmo saber? Que se dane a imagem do Grêmio! Que se dane se teremos que jogar dúzias de jogos longe da Arena. Isso vai ser um preço muito pequeno a ser pago pela diretoria deste clube que, reincidentemente vem acobertando um grupo de seres preconceituosos, imorais, sem qualquer resquício de humanidade.

Tem ainda alguns dizendo que "A culpa é do time. Se o Grêmio não estivesse há 14 anos sem ganhar nada, os torcedores não fariam isso!"... Meu amigo, nada justifica o racismo! Nada justifica chamar um igual de macaco! Nada justifica este preconceito besta, que se manifesta das mais diversas formas, inclusive no futebol!

O Grêmio é um time racista? Historicamente, sim! E é até hoje? Se os responsáveis pelo clube não agirem para combater essas pessoas e combater o preconceito, de forma geral, o Grêmio permanecerá sendo um clube racista!
Todos os torcedores do Grêmio são racistas? Não! 
Eu sou gremista, não sou racista e me acho no direito de não aceitar qualquer tipo de generalização em relação à torcida gremista.
Agora, se a diretoria, através do amado presidente Fábio Koff, não tomar uma atitude radical - no sentido de ir à raiz do problema - estará dando margem e razão para a manutenção e propagação do estigma gremista de time racista e nazista!

A derrota contrubui, evidentemente, para este tipo de sentimento, mas o que o Grêmio, enquanto instituição, deveria fazer é, além de entregar tudo o possível do acontecido à polícia, banir para sempre estes torcedores do estádio, além de uma ação pública de retratação ao goleiro Aranha, e a todos os negros do Brasil, além de desistir do campeonato! Esse é mínimo!

Apesar de a FIFA não reconhecer isso, o futebol é um dos maiores símbolos de integração social! 

O próprio Grêmio já se mostrou capaz de superar preconceitos, ao reconhecer a primeira torcida gay do Brasil (a Coligay). 
Sei que a intensidade e as formas de preconceito racial vão muito além disso, mas a instituição Grêmio precisa se unir àqueles que repudiam, de fato, o preconceito e criar formas de combater, no estádio e em todas os locais de abrangência do clube, este mal que assola nossa sociedade.

#FechadoComOAranha

terça-feira, 8 de julho de 2014

Errei

Venho muito humildemente admitir que eu errei.

Errei ao pensar que o Brasil, por tudo e com tudo, teria pagado pra ganhar esta Copa.
Errei ao pensar que o futebol, tão incrivelmente apaixonante, se renderia à mesquinhez de interesses políticos e econômicos. Não que eu ache que realmente não seja assim. Sei que é.
Mas a derrota da Seleção Brasileira me fez voltar a ter fé e a crer mesmo que inocentemente, mesmo que ingenuamente, que o futebol ainda resiste a esta situação.
Se são interesses políticos e econômicos que convocam a seleção; se Neymar esteve fora da partida para poupar sua imagem (afinal, é do que ele vive: da pseudo imagem de craque construída a seu respeito); se o Brasil só recebeu a Copa por causa destes interesses... tudo isso pode ser discutido, mas em outro momento.

Agora me cabe constatar que, se a política e a economia interferem e muito no futebol, não foram, ao menos, capazes de levar este vergonhoso time do Brasil a uma final de Copa do Mundo, deixando pra trás a genial e impressionantemente completa Seleção Alemã.
Muito pelo contrário.
A Alemanha jogou uma partida acima da média, mas nada muito além do seu normal. Erraram passes no ataque e principalmente na defesa; perderam muitas chances claras de gol; deixaram seu setor defensivo desguarnecido por algumas vezes.
Mas a mediocridade do Brasil perante a qualidade da Alemanha foi tão grande que o 7x1 explica perfeitamente o que foi o jogo.

O Brasil não era nem de longe um dos melhores times da Copa. Não tem sido, desde 1982. Pelo menos 10 ou 15 equipes vinham jogando melhor neste mundial, tinham um elenco melhor e poderiam/deveriam ter chegado mais longe. Perdeu porque tinha que perder e como deveria ter perdido ainda na primeira fase.

E a Alemanha é de longe o melhor time da Copa, ganhou e goleou porque fez por merecer e porque tem um dos melhores, mais completos e mais letais times de futebol que eu já vi jogar. Um punhado de jogadores excepcionais que montaram um time quase imbatível.
Vai ganhar o mundial e entrará, com todos os seus méritos, para a história do futebol.


Viva a Alemanha! Viva o Futebol! Viva o Bom Futebol!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Chile: Uma surpresa para campeões e vices?




É isso que terão pela frente os finalistas do último Mundial, Espanha e Holanda, se não se prepararem e muito para encarar a competitiva e equilibrada seleção Chilena.

De fato, não é sorte e nem desejo de ninguém que possa evitar, ter que encarar logo na primeira fase as duas seleções que decidiram a última Copa do Mundo, ainda que nenhuma de ambas tenha conseguido manter o nível do futebol com que chegaram a Johanesburgo em 2010. Mas, se o Chile realmente tem pretensões ousadas para a Copa no Brasil, terá de encarar estas duas duras batalhas.
E para isso contará com aquela que muito julgam como a melhor geração de futebolistas chilenos de todos os tempos.

Mas vamos com calma.
Gerações como a de 1962, quando chilenos jogavam a Copa do Mundo em casa, e que terminou o mundial em 3º lugar; ou então a geração de 1998, com o fantástico ataque formado por Marcelo Salas e Iván Zamorano; ou mesmo a geração que esteve no último mundial em 2010, na África do Sul, que acabou como 10º colocado, eliminado pelo Brasil (assim como em 1998).

Mas quando pensamos nas potencialidades de cada um dos jogadores convocados pelo excelente treinador, Jorge Sampaoli, não é tão absurdo admitir que o Chile venha melhor do que nunca para uma Copa do Mundo.

Setor por setor:
- O experiente goleiro Cláudio Bravo que, embora não seja um exemplo perfeito de segurança, tem rodagem e é capitão da equipe;
- A defesa chilena, embora com nomes de boa qualidade, ainda é o ponto mais deficitário da equipe: Maurício Isla (Juventus), Gary Medel (Cardiff City), Marcos González (Unión Espanhola) e Gonzalo Jara (Nottingham Forest), embora individualmente tenha suas virtudes – sobretudo Isla e Medel – ainda não conseguiram formar um setor de marcação compacto e seguro;

Mas é do meio para frente que a equipe mostra sua real qualidade!

Valdívia: o cérebro de La Roja
- O meio povoado com um volante de contenção, Marcelo Díaz (FC Basel); o versátil Arturo Vidal (Juventus), incansável na marcação e no ataque, em igual medida; o excelente volante-apoiador Charles Aránguiz (Internacional); e o mais conhecido dos brasileiros, Jorge Valdívia (Palmeiras) que, quando está no auge de sua forma física e de seu empenho para com a equipe, tem uma visão de jogo como poucos no mundo;

Aléxis Sanchez: pôs Neymar no banco.

- E no ataque, o veloz e habilidoso Eduardo Vargas (Valencia), típico atleta que, quando veste a camisa de seu país, vira craque; e o astro-mor da constelação chilena, Alexis Sánchez (Barcelona), bom finalizador, veloz e sempre bem posicionado, e deixou no banco em boa parte da temporada o “pseudo-craque” Neymar.



Além disso, as peças de reposição à disposição de Sampaoli também têm seus méritos, como o jovem meia Felipe Gutiérrez (FC Twente); nem tão jovem, mas com igual potencial no meio-campo, Matías Fernández (Fiorentina); além do jovem lateral Miliko Albornoz (Malmö FF), que tem pintado entre os titulares nos amistosos preparatórios da seleção chilena.

Mas o grande problema da seleção chilena não são as certezas e as afirmações, mas as dúvidas que pairam sobre o elenco.
Qual será a condição física de Valdívia e Vidal?
Conseguirá Vargas manter o nível de suas espetaculares atuações por sua seleção?
Terá Sampaoli o mesmo sucesso de quanto comandou a Universidad do Chile?
Conseguirá a frágil defesa se segurar e sofrer menos gols do que o veloz e letal ataque será capaz de marcar?
Será a seleção chilena capaz de derrotar os atuais campeões e vices logo na primeira fase, conquistando o primeiro lugar do grupo, assim evitando – de acordo com o esperado – um confronto cedo demais contra os carrascos brasileiros?

São dúvidas e incertezas que pairam sobre La Roja, mas que esta geração fantástica tem plenas condições de extirpar, superando a desconfiança e galgando um lugar entre os melhores do mundo.

Os chilenos vem ai e não é para brincar!
Em pé: Isla, Bravo, González, Vidal e Mena
Agachados: Sánchez, Valdívia, Medel, Díaz, Vargas e Aránguiz.




O Brasil para a Copa do Mundo!

Minha avaliação da lista de convocados por Luiz Felipe Scolari:
Julio César:
É um goleiro que está no ponto. Pra entregar outra copa. Saiu da reserva da segunda divisão inglesa para o fraquíssimo campeonato dos Estados Unidos e nem assim conseguiu se destacar. Mas, não sei como, tem a confiança do Felipão.

Jéfferson:
Há tempos vem buscando espaço na seleção. Apesar de pouco atuar, era convocado frequentemente. Fez por merecer estar na lista.

Victor:
O melhor goleiro do Brasil na atualidade. Praticamente deu o título da Libertadores ao Atlético Mineiro em 2013 e manteve o alto nível este ano. Passou por uma “crise técnica” após não ser convocado para a copa de 2010, quando também vivia grande fase jogando pelo Grêmio, mas recuperou a confiança a tempo de estar na lista deste ano.

Daniel Alves:
É praticamente uma unanimidade. Não é craque, mas cumpre bem o sue papel e tem muita qualidade no apoio ao ataque, inclusive tendo participação importante na armação das jogadas ofensivas. Mas às vezes deixa a defesa exposta, obrigando os volantes a guardarem posição.

Maicon:
Há tempos não vive sua melhor fase, mas recentemente vem recuperando seu bom futebol. Provavelmente jogará pouco, isso se chegar a jogar, mas não comprometeria em caso de necessidade.

Marcelo:
Outra unanimidade. Um dos melhores, senão o melhor lateral da atualidade. A única coisa que lhe compromete, além do cabelo, é o temperamento esquentado. Se conseguir se controlar, fará um grande mundial.

Maxwell:
“Na falta de alguém melhor, vai ele mesmo!” Esse deve ter sido o pensamento do Felipão ao convocá-lo. Mas para quem viveu de Roberto Carlos até pouco tempo atrás, não é má opção.

Thiago Silva:
Incontestável e insubstituível. O melhor zagueiro do mundo da atualidade. Não tem ninguém à sua altura para lhe fazer companhia, muito menos para substituí-lo.

Davi Luiz:
É um ótimo defensor quando faz o simples, mas inventa muito. Sobe ao ataque desgovernadamente, deixando a defesa exposta. Isso sem falar do cabelo feio. Se Felipão conseguir fazer ele ficar na defesa já é grande coisa.

Dante:
Tinha opções melhores, mas aproveitou muito bem as chances que teve na seleção e garantiu sua vaga.

Henrique:
Prefiro não comentar. Apenas estou esperando o Felipão dizer: “Pegadinha do malandro!!!”.

Luiz Gustavo:
É o craque tático, faz o simples e não erra, Cobre muito bem as subidas dos laterais. Mas tinha opções melhores.

Paulinho:
Na minha opinião, é uma mentira! É nulo tanto no ataque quanto na defesa. Apenas cerca os adversários, mas não marca. Tem um ou dois lances de genialidade durante todo o jogo e depois some. E ainda por cima está fora de forma, na reserva em seu clube.

Ramires:
Um dos melhores brasileiros da atualidade. Deveria ser titular, pois, ao contrário do Paulinho, sabe marcar e ofensivamente também é muito bom e, apesar dos desentendimentos com a comissão técnica, não tinha como ficar de fora.

Hernanes:
Não é mau jogador, principalmente ofensivamente, mas acho que Felipão deveria ter optado por mais um primeiro volante. Se Luiz Gustavo se machucar ou estiver suspenso, vai ter que improvisar.

Fernandinho:
Gosto muito de vê-lo jogar como terceiro homem do meio de campo, sem tanta responsabilidade na marcação, apesar de poder atuar como volante também. É uma espécie de coringa da seleção, tem muita disposição e qualidade técnica.

William:
Está jogando como nunca jogou na vida, por isso foi convocado. Apareceu para o mundo há pouco tempo e demonstrou técnica e habilidade. Seria muito bom tê-lo no time titular, ao lado de Oscar na armação, pois além de qualidade os dois têm entrosamento.

Oscar:
Às vezes fica sobrecarregado por não ter companhia na armação, já que os volantes não apóiam e quando os laterais sobem ao ataque, ele tem que ficar na cobertura. O que confirma a afirmação de Paulinho é nulo, tanto no ataque quanto na defesa e o principal afetado por isso é o camisa 10, que mesmo assim vem tendo grandes atuações pela seleção.

Bernard:
Tem muita velocidade e habilidade, mas precisa ser mais objetivo. Esse mundial vai fazer com que ele adquira experiência e amadureça, para daqui quatro anos poder fazer a diferença de verdade.

Hulk:
Para conseguir se destacar precisa que o time jogue para ele. Mas, por incrível que pareça, Felipão conseguiu fazê-lo parar de pensar que é craque e jogar pelo time. Mas ainda não me convenceu. É limitado tecnicamente e a perna direita serve só pra subir escadas.

Neymar:
É a grande esperança dos brasileiros, o que na minha opinião é demais para um garoto. Muitos vão falar de outro garoto de 17 anos que foi considerado craque ao dar o titulo à seleção em 1952. Mas a única coisa que Pelé e Neymar têm em comum é o clube de origem. Neymar é muito bom jogador, mas não tanto quando dizem. Tem muita habilidade com a bola nos pés e é excelente finalizador, mas ainda precisa evoluir para chegar ao status de craque. Mas ainda assim é a melhor esperança do Brasil na busca do título.

Jô:
Devido à escassez de centroavantes em boa fase, se tornou uma das melhores e mais prováveis escolhas de Felipão. Tem muito mais qualidade que Fred, e ainda assim é ruim. Mas a fase é boa e é matador.

Fred:
É uma piada. Tão ruim quanto eu, ou até pior. Mas falar dele é fácil, difícil é ele dominar a bola. Mesmo com poucas opções de qualidade para o ataque, ele seria uma das últimas escolhas. Só faz gol se a bola sobrar pra ele, sem goleiro e embaixo das traves. Tem mais sorte do que qualquer jogador que eu tenha visto. Faz uma quantia considerável e surpreendente de gols, mas a quantidade de chances que perde não compensa. Mas é um cara gente boa, bom de grupo e Felipão confia nele (risos).

Possíveis opções para cada posição:
Goleiros:
Diego Alves (Valencia): é muito seguro e apesar de ainda novo, tem experiência internacional. Titular na minha opinião.
Fábio (Cruzeiro): há anos vive grande fase, mas não é um dos três melhores.

Laterais:
Rafinha (Bayern Munique): é completo, tem disposição, velocidade e técnica. Talvez ocupasse o lugar do Maicon.
Filipe Luis (Altético de Madri): é esforçado e compensa a falta de técnica com muita disposição. Fez grande temporada pelo Atlético de Madri.
Alex Telles (Galatasaray): vão rir de mim, mas é o futuro da seleção e sou a favor de dar experiência aos possíveis futuros craques. É muito bom jogador.

Zagueiros: (Poderia citar dezenas de jogadores melhor que o Henrique)
Miranda (Atlético de Madri): grande temporada e há anos vem se destacando na Europa. Titular na minha opinião.
Marquinhos (Paris Saint-Germain): também para ganhar experiência, mas já é uma realidade, grande zagueiro!

Volantes:
Sandro (Tottenham Hotspur): Como admirador da posição, tenho que admitir que o Brasil não tenha ninguém com sua qualidade.
Lucas Leiva (Liverpool): Muita raça, coisa que falta na seleção do Felipão. Gosto muito desse jogador.
Fernando (Shaktar Donetsk): outra boa opção de primeiro volante, podendo sair para o ataque com qualidade também.

Meias:
Douglas Costa (Shaktar Donetsk): Parece esquecido dos brasileiros, mas quem acompanha sabe que desde que foi jogar na Ucrânia, evoluiu muito é excelente armador.
Everton Ribeiro (Cruzeiro): melhor jogador no brasileirão em 2013, já merecia uma vaga na seleção.
Philippe Coutinho (Liverpool): fez grande temporada no Liverpool e deu muita qualidade ao time que
há tempos dependia do já veterano Gerrard. Tem técnica apurada e muita habilidade. Titular no lugar de Hulk, na minha opinião.

Atacantes:
Luiz Adriano (Shaktar Donetsk): também esquecido no Leste europeu, há anos se destaca pelo Shaktar, clube que por sinal teria diversas opções para Felipão.
Alan Kardec (São Paulo), Hernane (Flamengo), Luis Fabiano (São Paulo), Damião (Santos), Pato (São Paulo), Caça-Rato (Santa Cruz), Éderson (Atlético-PR), Bruno Rangel (Chapecoense), Rafael Moura (Internacional), Zulu (Juventude), Sandro Sottilli (aposentado), Gustavo Papa (Brasil de Pelotas), Eu, minha vó e com o perdão da palavra, até o Papa de verdade, mesmo sendo argentino, é melhor que o Fred.
E a seleção ainda contaria com uma “ajuda divina”.

Texto escrito por Diogo Conti

sexta-feira, 30 de maio de 2014

"Les bleus" sem um Zidane ou um Platini

Federação de Futebol da França
Nossos carrascos nas recentes edições de Copas do Mundo vêm ao Brasil com uma seleção bastante renovada e, também por isso, um tanto inexperiente.

Mas vamos voltar um pouquinho no tempo: o que há, por exemplo, de diferente nas duas grandes gerações francesas na histórias das Copas - 1986 e 1998?
Zidane levanta o único título mundial da França até agora.
Basicamente, as duas eram comandadas por um grande craque: Platini em 1986 e Zidane, 12 anos depois. Mas ao contrário de 1998, quando o time francês, como um todo, era uma grande equipe - desde Barthez, passando por Thurram, Vieira, Petit e, claro Zizou - em 1986 a França tinha em Michel Platini e no jovem promissor Jean-Pierre Papin as suas grandes e únicas esperanças.
Embora muitos achem estranha e até duvidosa a vitória por 3x0 da equipe Les Bleus sobre o Brasil, não foi!
A geração francesa era de grande qualidade técnica, com uma defesa consolidada e muito segura, um meio-campo criativo e um ataque letal. Por isso é um erro pensar que o Brasil seria campeão naquela Copa, mesmo sem Ronaldo.

Platini: para muitos o maior futebolista francês da história
Mas para 2014, qual a grande diferença entre a atual geração francesa se compararmos com 1986 ou 1998?
Falta um Zidane!
Falta um Platini!
Falta alguém que, na hora da necessidade, quando a equipe mais precisar, decida, carregue o time nas costas. Nem Ribéry que, apesar de grande jogador, ainda está longe de ser um craque como foram seus antecessores. Nem Benzema que, apesar de bom atacante, ainda precisa muito para honrar a camisa 9 francesa. Nem Pobga, que um dia pode vir a ser esse cara, mas ainda precisa de rodagem para ganhar experiência e chance de provar o seu potencial.
Nem Nasri, nem Abidal e nem Clichy, que o técnico Didier Deschamps (que estava no elenco francês campeão em casa em 1998) acabou não convocando para a Copa. Nenhum deles seria o nome para carregar a França sobre seus ombros, ainda que todos eles, em sua medida, farão falta ao elenco franco.

Mas vamos trabalhar com o que temos.
Uma defesa firme, embora por vezes inconstante. O bom goleiro Lloris (Tottenham Hotspur), o jovem e promissor zagueiro Varane (Real Madrid), o veterano lateral Evrá (Manchester United) e o também jovem mas muito seguro zagueiro Sakho (Liverpool).
No meio estão os grandes destaques dessa nova geração francesa: volantes que marcam bem e saem para o jogo com muita qualidade: Matuidi (PSG), Cabaye (Newcastle) e Valbuena (Olympique Marseille); dois armadores que aliam experiência e juventude, ambos com muita qualidade: Ribéry (Bayern Munique) e o jovem Paul Pogba (Juventus), eleito o melhor jogador do último mundial sub-20.
E no ataque, opções razoáveis. Giroud (Arsenal) e Benzema (Real Madrid) não exímios centroavantes do mais alto nível do futebol mundial, mas são boas opções que podem completar jogadas criadas pelo meio-campo qualificado do franceses.

Mesmo não sendo "cabeça-de-chave" no sorteio do Mundial de 2014, a França acabou caindo num grupo relativamente fácil, contra a fraca Honduras; a Suíça, que nunca costuma faz mal a ninguém; e a incógnita que é o Equador, mas que também não deve oferecer muita resistência.
Passando de fase como primeiros colocados no grupo E, franceses podem ter nova "moleza" nas oitavas, pois pegariam o segundo colocado no grupo da Argentina, que deve classificar em primeira. Assim, um possível adversário seria a Nigéria e a Bósnia, que, convenhamos, teriam poucas chances, mesmo diante desta geração renovada da França.

Assim, é bom ficarmos de olhos abertos, pois, mesmo sem um Zidane ou um Platini, a França tem condições de crescer no mundial, mesmo trilhando caminhos relativamente fáceis.

Los "Hermanos" e a esperança em Messi.

Associación de Fútbol da Argentina
Depois de certo vexame na última edição, com fraca atuação de Messi e uma eliminação vergonhosa para a Alemanha por 4 a 0 nas quartas de final, muitos apostam nos “Hermanos”. Porém, eles chegam ao mundial como uma incógnita: será que o melhor jogador do mundo de 2009 a 2012 conseguirá desencantar nesta Copa? O forte ataque portenho conseguirá se sobrepor à sua frágil defesa?

É a hora e a vez de Messi mostrar que é craque e gravar seu nome como um dos maiores jogadores da história da Argentina e do mundo. Todo mundo espera que ele “desencante” em Copas. Em 2006 era reserva por ser muito novo. Em 2010, apesar de alguns lampejos, não mostrou seu potencial e saiu da África do Sul sem marcar um gol sequer. Ninguém duvida da sua qualidade, mas para ter o direito de finalmente poder ser comparado a Diego Maradona, ainda que injustamente, ele precisa dar o terceiro título de Copa do Mundo aos argentinos.

Na primeira fase espera-se que a Argentina tenha vida fácil: no mesmo grupo que Nigéria, que é a seleção que mais pode oferecer resistência ao poderoso ataque; Bósnia, o time que mais pode ameaçar a inconstante defesa; e Irã, que é um dos principais candidatos a saco-de-pancadas de toda a copa.
O provável é que a Argentina termine a fase classificatória com nove pontos e sem nenhum susto. Daí pra frente é que é o problema. Contra seleções fortes, com ataques mais qualificados, a defesa argentina vai ser colocada a prova e o estrelado ataque realmente precisará mostrar seu real poder de fogo.

Do meio de campo pra frente é praticamente uma constelação: Mascherano é o xerife da equipe e, como admirador de bons volantes, aposto que será peça fundamental em uma possível campanha bem-sucedida. Fernando Gago é outro bom jogador que forma ótima dupla com Mascherano.
Na armação, Maxi Rodriguez terá a chance de repetir o excelente mundial que fez em 2006, na Alemanha com direito a golaço salvador na prorrogação contra o México nas oitavas-de-final. Jogando ao lado dele, titular absoluto e uma das grandes esperanças dos argentinos: Ángel Dí Maria, que alia velocidade, qualidade na armação e na finalização e muita habilidade, tendo sido o principal destaque do Real Madrid, recentemente campeão europeu.

Messi, Higuaín, Agüero e Di Maria: os grandes nomes do futebol portenho.
o ataque é uma posição que deve gerar muita dor de cabeça para o técnico Alejandro Sabella. Messi é incontestável e então sobram três excelentes atacantes para no máximo duas vagas no time titular, caso for optado pelo esquema 4-3-3: Agüero é o mais provável titular, pois vem de várias temporadas jogando em alto nível e já mostrou tanto pelo seu clube, Manchester City quanto pela seleção que tem capacidade de decidir partidas difíceis; Higuaín, que fez boa temporada no Napoli , e Lavezzi, que apesar da sombra de Cavani e Ibrahimovic, tem se destacado no PSG. Os três disputam uma possível terceira vaga no estrelado ataque argentino, que ainda conta com o experiente Palacio e a contestável ausência de Tévez na lista de convocados.

O ponto fraco, e muito fraco por sinal, é como sempre a defesa. Na maioria são jogadores veteranos e que apesar de certa qualidade, são muito inconstantes e costumam falhar. Nomes conhecidos na Europa como Otamendi, do Porto - atuando por empréstimo no Atlético-MG; Ezequiel Garay, do Benfica; Pablo Zabaleta do Manchester City são os principais destaques do setor defensivo argentino, embora nunca se saiba o que esperar deles.
O goleiro, Sérgio Romero, que apesar de praticar defesas difíceis, também falha muito e não transmite segurança. Podemos esperar muitas lambanças da zaga, alguns frangos, muitos cartões e muitos gols também.

Toda essa geração de excelentes atacantes têm provavelmente mais duas copas pela frente. Messi, por exemplo, terá 34 anos em 2022.
Um craque ainda sem Copas

E eu mesmo não sendo argentino, espero que ele tome gosto por mundiais, afinal é bom demais ver o baixinho jogar.





Texto publicado por Diogo Conti