domingo, 10 de novembro de 2013

À sombra do campeão.

O Borussia Dortmund, um dos maiores times da Alemanha, vive um ótimo momento de sua história, tem um elenco incrível, é vice-líder do Campeonato Alemão, é atual vice-campeão Europeu, atua vice-campeão da Bundesliga, atual vice-campeão da Copa da Alemanha...
Mas só vices? 
É...
De pouco tem adiantado a fase excepcional do Borussia, se tem que encarar a melhor fase da história de seu maior rival alemão, o Bayern de Munique. Todos esse vices tem sempre o mesmo clube Bávaro como líder/campeão.

O Borussia é um dos maiores times da Alemanha e da Europa, com 8 títulos alemães, 1 título Europeu em 1996/1997 - e campeão intercontinental no fim de 1997.
Um passado glorioso, mas que não se compara ao início de década de 2010, em que o clube vem alcançando seu maiores e mais expressivos resultados.

E não há como negar: o elenco do Borussia Dortmund é da mais alta qualidade, e de um nível fora de qualquer padrão. Consegue aliar técnica e garra; experiência e juventude; força física e velocidade.

A experiência começa pelo goleiro Weidenfeller, que com 33 anos vive talvez a melhor fase de sua carreira, que já tem dez anos como arqueiro titular do time auri-negro.

A zaga, nem tão experiente, mas muito segura, é um dos pontos fortes desta que é uma equipe muito equilibrada entre defesa-meio-ataque. A começar pelo miolo central, com o alemão Mats Hummels, titular de sua seleção, é um dos melhores zagueiros do mundo na atualidade. Seu companheiro de zaga, o sérvio Neven Subotic é também um excelente zagueiro, muito veloz e ótimo desarmador. Recentemente o clube contratou outro defensor, o grego Sokratis Papasthatopoulos, que apesar do nome complicado, joga simples, e pode ser um substituto, se não à altura, pelo menos ocupando o espaço para uma possível e quase provável saída de Mats Hummels.

Os laterais da equipe de Dortmund são bons. Não são excepcionalmente bons, como a maioria do restante do elenco, mas são suficientemente bons para não comprometer o desempenho da equipe. Na direita, o polonês Lukasz Piszczek: costuma marcar muitos gols. E na esquerda, mais qualificado do que Piszczekm está o alemão Marcel Schmelzer, inclusive convocado algumas vezes para sua seleção.

No meio de campo, a qualidade técnica mesclada com a eficiência tática é o que garante o bom desempenho ofensivo e defensivo do Borussia.
Começando pelo experiente volante Sebastian Kehl, de 33 anos, que nesta temporada firmou-se como titular absoluto dos "pretos-e-amarelos", depois de participar de duas Copas do Mundo com a seleção da Alemanha (2002 e 2006).
Outro grande nome da equipe, que vem conquistando espaço na estelar seleção alemã, é  Ilkay Gündogan: volante muito versátil, ótimo finalizador, e jogador que dá dinâmica às ações do time.
O elenco do Borussia é composto por vários jogadores da seleção polonesa. Um deles é o meia Jakub Blazczykowski - ou simplesmente "Kuba" - um excelente finalizador, joga aberto pela direita e é também detentor de um passe muito qualificado e sempre muito preciso.
Com a perda de um dos principais nomes recentes do Borussia Dortmund, o meia alemão Mário Götze - humildemente conhecido como "o Messi alemão" - o clube precisou ir às compras para encontrar alguém que pudesse substituir à altura a jovem promessa. E a escolha não poderia ter sido mais precisa. E mais cara.Os 27,5 milhões de Euros pagos pelo armênio Henrikh Mkhitaryan foi a maior quantia já desembolsada pelo Borussia por um atleta. Mas... valeu à pena! Depois de algumas temporadas no futebol ucraniano - com destaque para as duas temporadas fantásticas em que atuou pelo Shaktar Donetsk - o jovem armador já se firmou como peça fundamental da equipe alemã, sempre caracterizando suas atuações por muitos gols.
Além destes, a equipe de Dortmund tem outros nomes muito qualificados como opção para o meio campo, como o turco Nuri Sahin, que pertence ao Real Madrid, mas cujo passe está para ser comprado pelo Borussia; e os alemães Sven Bender e Kevin Grosskreutz.

No ataque, o clube tem dois nomes fantásticos, do mais alto nível no futebol mundial. O centroavante e artilheiro Robert Lewadowski - um dos 23 melhores jogadores do mundo em 2013, eleitos pela FIFA. Goleador nato, ganhou ainda mais visibilidade na temporada passada da Champions League ao marcar quatro gols numa mesma partida contra o gigante Real Madrid.
Seu companheiro de ataque é o não menos qualificado Marco Reus - cobiçado por praticamente todos os grandes clubes da Europa - tem um estilo de jogo muito parecido com o do luso Cristiano Ronaldo. Joga aberto na ponta esquerda, tem muita velocidade, capacidade técnica de drible muito aguçada, e um poder de finalização quase sempre fatal. Vem conquistando espaço na seleção da Alemanha, onde precisa disputar vaga com nomes como Thomas Müller, Lukas Podolski, e muitos outros.
Com a iminente saída do artilheiro Lewandowski, o Borussia contratou na última janela de transferências o atacante gabonês Pierre-Emerica Aubameyang, que apesar de não se comparar ao craque polonês, tem muito potencial e pode crescer junto com a equipe. A atleta estava no Saint-Etiénne, da França.

O elenco é muito qualificado, mas o principal mérito por sua montagem e esquematização é do treinador Jürgen Klopp. Depois de sete anos no modesto Mainz 05, Klopp assumiu o Borussia em 2008, e foi o responsável por definir as principais contratações que hoje compõe a equipe, por montar taticamente o time - que foi bi-campeão alemão consecutivo em 2010/2011 e 2011/2012. É um dos melhores - se não o melhor - treinador do mundo, sempre procurando montar um time ofensivo, jogando verticalmente, que hoje tem o melhor ataque do Campeonato Alemão. A vice-liderança se deve a alguns tropeços de começo de temporada, que mais adiante poder punir a equipe , já que o arqui-rival Bayern de Munique já começou a disparar na dianteira da tabela.

Na Champions League, o tropeço em casa diante do inglês Arsenal pode ser fatal para a classificação do Borussia Dortmund no "grupo da morte" da competição, contra, além do Arsenal, Napoli, da Itália e Olympique de Marseille, da França. O time alemão está em terceiro, com 6 pontos - três a menos do que os líderes Arsenal e Napoli. Contudo, se fizer sua parte, o Borussia tem muitas chances de embalar na competição e fazer frente aos "gigantes favoritos" nas fases eliminatórias.

Será a temporada para o Borussia Dortmund desbancar o rival Bayern de Munique?

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